segunda-feira, 30 de abril de 2012

Filme documentário

Garimpado do blog Convergência cinefila

NOITE E NEBLINA - 1955

Nuit et Brouillard, 1955
Legendado, Alain Resnais 

Classificação: Excelente

Formato: AVI
Áudio: francês
Duração: 32 min.
Tamanho: 700 MB
Servidor: Mediafire (4 partes) e Jumbofiles (torrent)

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Torrent

SINOPSE
Realizado em 1955, a partir de um convite feito ao cineasta pelo Comitê da História da Segunda Guerra Mundial, o filme tinha como objetivo comemorar o segundo aniversário da libertação dos campos de concentração. Mas o impacto das imagens de Noite e Neblina, que ainda hoje assombram a humanidade, e do texto do escritor Jean Cayrol, um ex-prisioneiro do campo de Orianemburgo, suplantaram a sua intenção de memorial dos desaparecidos e transformaram-se num "dispositivo de alerta" contra o nazismo e todas as formas de extermínio. Mesclando imagens coloridas dos campos abandonados e filmes de arquivos, Alain Resnais nos dá, segundo François Truffaut, "uma lição de história, inegavelmente cruel, mas merecida."

Fonte: 2001video
The Internet Movie Database: IMDB



ANÁLISE
Embora tenha impressionados cinéfilos do mundo inteiro na época do lançamento original e depois, ao longo dos anos, se transformado em paradigma indiscutível do gênero documentário, o filme francês “Noite e Neblina” (Nuit et Brouillard, França, 1955) nunca se tornou muito popular. É fácil entender as razões: 1) é um curta-metragem e, como tal, dificilmente passa nos cinemas; 2) documentários em geral não costumam atrair público; 3) o tema, árido, é o Holocausto, e há boa quantidade de imagens aterrorizantes dos campos de concentração nazistas, material que costuma afastar os espectadores.
Um filme assim parece ter sido talhado para o formato DVD. E “Noite e Neblina” é incontornável. Precisa ser visto, e não apenas pelos cinéfilos. O curta-metragem de 31 minutos é simples e direto, mas funciona ao mesmo tempo como uma homenagem aos nove milhões de vítimas da crueldade nazista e como alerta para aqueles que vêem o regime de Hitler como um momento que pertence ao passado da humanidade. A abordagem de Resnais é espartana, mas transita sem pausas entre o delicado e o brutal, soando como um grito lancinante contra todo e qualquer tipo de intolerância.
A produção de “Noite e Neblina” foi difícil. Resnais hesitou em dirigir a obra, pois temia ficar marcado como diretor de documentários, quando desejava filmar ficção. Ao ser apresentado ao poeta Jean Cayrol, um sobrevivente de campo de concentração, acabou convencido a embarcar na empreitada. Chamou então o músico Hanns Eisler para compor a banda sonora e passou a coletar imagens de cinejornais, fotografias e todo tipo de documento que mostrasse os campos de concentração.
O filme foi feito para comemorar o aniversário de 10 anos da liberação desses campos, em 1945, ao final da Grande Guerra. Resnais teve a idéia de viajar para os locais onde funcionaram os principais, como Auschwitz e Sachsenhausen, e filmá-los em película colorida. O choque das imagens bucólicas – amplos gramados verdes sob céu azul – com o horror dos cadáveres que repousavam nos mesmos lugares, cinzentos e sem vida, apenas alguns anos antes, cria a idéia que percorre todo o filme: o mal está à espreita, em qualquer lugar, a qualquer tempo. É preciso estar sempre atento para que ele não engolfe as cores do mundo.
Em entrevistas posteriores, Resnais confessou que sempre pensou em “Noite e Neblina” como uma sutil condenação à decisão francesa de invadir a Argélia, fato ocorrido na época do lançamento do filme. Embora não haja qualquer menção a isso durante a película, a idéia encaixa perfeitamente no texto delicado, mas firme e cortante de Cayrol. Sim, é um filme sobre o Holocausto, e está repleto imagens da brutalidade inimaginável dos campos de concentração (pilhas de cadáveres mutilados, paredes de câmaras de gás arranhadas pelas unhas dos prisioneiros à beira da morte), mas o filme não deseja simplesmente impressionar através da violência. Ele está além do Holocausto.
É na combinação de três fatores que resulta a beleza de “Noite e Neblina”: o contraste entre imagens da guerra e do pós-guerra, a doçura cortante do poema de Jean Cayrol e a delicadeza da música melancólica de Hanns Eilser. Ou seja, este não é um documentário jornalístico, frio e objetivo. Pelo contrário. Imagem, som e texto compõem uma espécie de sinfonia audiovisual que, nas palavras de François Truffaut, é uma “aula de história cruel mas merecida”. É isso.
Análise retirada do site Cinereporter



















































 

domingo, 29 de abril de 2012

Rock brasileiro

 O roque brasileiro dando outro passo à frente

Na virada da década de 1970, o Brasil era um país predominantemente rural – mais de 50% da população ainda vivia no campo. Makely Ka nasceu depois, quando a maior parte destas pessoas já havia se encontrado nas cidades. O processo do êxodo rural trouxe para a selva de cimento, compartilhando bairros e favelas, gente de origens e culturas diferentes, postas em contato entre si e com o mundo externo pelos meios de comunicação de massa a que passavam a ter acesso. Este processo teve marchas e contramarchas, movimentos diversos: Tropicália; a turma que foi chamada Nordeste 1970 (Alceu, Elba e Zé Ramalho, Geraldo Azevedo, Ednardo, Belchior, Vital Farias), uma música que veio com os migrantes; BRock dos anos 1980; Mangue Beat. Cada uma destas ondas se apropriava de mais um elemento para fazer, fundamentalmente, canção popular, música urbana.
Makely Ka é um urbanoide, é um não roqueiro brasileiro que fez um álbum de roque (com esta grafia mesmo). É também descendente direto, resultante de cada um dos movimentos que citei acima. Makely faz música urbana em seu sentido estrito: música da urbe, do encontro de heterogêneos, de tradições muito diversas entre si que se modificam e se fundem em novas. Assim como cada um destes movimentos, ele promove em sua música a atualização dos elementos que vieram à cidade (não apenas) nas últimas décadas, seja “de dentro”, seja “de fora”, e a formata a partir destes encontros.


Makely traz em sua identidade o território da cidade, chama a responsabilidade para si. Eu vim lá da Bahia de mucama com feitor: (Maria Moita, letra de Vinícius de Moraes para Carlos Lyra, citada em Reator). A herança cultural diversificada se condensa na figura individual, a História se passa nas pessoas. Makely canta frequentemente na primeira pessoa: como a geração BRock cantava eu uso óculos, a gente somos inútil, Makely, canta eu não sou índio, não sou negro, eu não sou branco, definindo-se pela negação e recusando categorizações e estereótipos; eu me alimento da carniça do meu pensamento – a autofagia como um corolário da antropofagia, sua radicalização.


A identidade estilhaçada da cidade deixa emergir novas pluralidades. Por Makely não ser nada especificamente, sua música pode ser tudo, e efetivamente nela, sob a capa do rock e da programação eletrônica, tambores de congada, coco e outros batuques diversos são nitidamente audíveis. A autofagia é como uma segunda fase da antropofagia: a autodeglutição, a segunda digestão, segunda assimilação. O que chegou à cidade formou novas linguagens, e agora estas linguagens tornam a se fundir, gerando uma segunda música urbana, reouvida, reprocessada. A urbe se torna metrópole, e esta megalópole.


Embora a virulência de letras e arranjos, mais da metade das faixas se inicia apenas com um violão, como muitas das gravações dos Novos Baianos, dos primeiros a percorrerem este caminho, da Bahia para uma cobertura em Botafogo e daí para um sítio em Jacarepaguá. Makely é mineiro, e tem portanto sua própria carga cultural, seu próprio viés, que inclui Guimarães Rosa (Soroco), mas também o movimento punk, descascando sua cópia barata em Punk de Butique. Inclui nas gravações as vozes de Glauber Rocha, Hugo Chavez, Subcomandante Marcos, bem a propósito (VER DE QUEM É): Queremos dirigir umas palavras especiais para os que vivem e lutam e morrem nas cidades.


Makely conta, em entrevista ao jornalista Pedro Alexandre Sanches, que ao tocar a canção A outra cidade na TV Minas, a TV de cultura do estado, e dedicá-la ironicamente ao governador Aécio Neves, tornou-se persona non grata no jornalismo da emissora. A outra cidade soa como uma resposta a A cidade, de Chico Science. Se antes Makely corporifica a territorialização, agora faz o caminho inverso, territorializa o corporificação, e explicita, militante: a cidade de que fala não é a homogeneizadora, higienizadora, máquina de moer gente. É a outra, a que sobrevive a esta. Ele fala dos sobreviventes das cidades, e das cidades sobreviventes.
A música de Makely Ka é um passo à frente nesta história. Um retrato do estado da urbe, da música urbana que Renato Russo cantou, no meio do caminho entre a Tropicália e o Mangue Beat. No MySpace, Makely afirma dialogar com nomes como Itamar Assumpção, Paulo Leminski, Jorge Mautner, Torquato Neto, Tom Zé, Waly Salomão e Jards Macalé. Em comum, a origem tropicalista da maioria, aliada à tremenda dificuldade de classificação de suas obras, à independência total de suas criações, à capacidade de se manterem sempre em movimento. São boas referências na selva de concreto. Um passo à frente, e você não está no mesmo lugar, cantou Chico Science. Toda vez que eu dou um passo o mundo sai do lugar, cantou Siba. A cidade avança, e também sua música.


Autofago

Eu não

A outra cidade

O serviço:

Sítio de Makely Ka

No MySpace
Para Baixar Autófago

P.S. Além da atividade estritamente artística, Makely também tem uma atuação política em defesa dos interesses da classe artística, da atualização do direito autoral, entre outras coisas, que está intrinsecamente ligada à sua música, e igualmente interessante. Apenas me relatei aos aspectos apenas musicais aqui, por questão de foco. Mas a visita ao sítio dele vale por isso também.


 http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=faIurYq3DQI


Pessoal, o texto é fantástico, vale a pena ler e ouvir este bellíssimo som, a ilustração é do cabrito.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Faça amor, não faça guerra...


quero assim...

Tina Turner & Chuck Berry - Rock n roll music

Agora me diz , qual é a mulher que não altera a sua buceta com a sua boceta?

BUDDY GUY 2010 [HD] ~ Hoochie Coochie Man - Live Vernon



ESSE É O CARA

1º de Maio! Dia dos Trabalhadores


UM EXCELENTE FERIADO A TODOS

Sou uma filha da natureza: quero pegar, sentir, tocar, ser. E tudo isso já faz parte de um todo, de um mistério. Sou uma só... Sou um ser. E deixo que você seja. Isso lhe assusta? Creio que sim. Mas vale a pena. Mesmo que doa. Dói só no começo. Clarice Lispector
















Clarice Lispector

Sou uma filha da natureza: quero pegar, sentir, tocar, ser. E tudo isso já faz parte de um todo, de um mistério. Sou uma só... Sou um ser. E deixo que você seja. Isso lhe assusta? Creio que sim. Mas vale a pena. Mesmo que doa. Dói só no começo.

quinta-feira, 26 de abril de 2012


Marry Queen and Rob -2011 - 24 min  


 




muito bom este video...

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Buceta, xoxota, xana, xaninha, chavasca...

Achei muito interessante e também completa esta publicação, mas com certeza tem muito mais nome desta maravilha da natureza neste Brasil afora...
Por favor, se alguém tiver nomes para completar esta lista nós envie.

Garimpado no excelente blog Janaína Pupo 


"Vadjaina" - Que nome você prefere?


Olá meus amores!

Essa semana recebi um e-mail de uma garota dizendo que, seu namorado, chamava a “vadjiaina” de um nome que ela detesta e que perde o tesão cada vez que o moço pronuncia a tal palavra. Espia só...

“Meu namorado faz meu tesão sumir. Durante as preliminares é tudo uma delícia, aí de repente ele cochicha no meu ouvido: “Abre as pernas que agora quero a sua brincalhona”. Eu acho esse nome deprimente. Já conversei com ele, mas ele não respeita, insiste em chamar minha vagina de brincalhona.”

Fulana, você já tentou chamar o pau dele de João bobo, seca tesão ou até mesmo de palhaço? Mostra a sua “assassina de palhaço” pra ele.
Ah, por favor, que cara mais sem noção. Sabe que você não gosta do tal nome e continua chamando? Um “affezão” pra esse mané.

Aproveitando, vamos falar dos nomes que dão para as nossas “meninas”? Gente, eu ODEIO o nome vagina, é ridículo! E sabe o significado? Vagina vem do latim vagĭna, lit. "bainha". BAINHA? Morri!

Bom, poucos nomes me agradam, na verdade gosto mesmo só de um e deixarem para falar por último, ok? Tem uns que são bizarros, broxantes. Bora conferir?

Amiga (minha amiga é seletiva ¬¬)
Apertadinha
Aranha (péssimo)
Abençoada (uia)
Abocanha caralho (que intenso isso, não?)
Abracadabra (essa faz mágica)
Aeroporto de quibe (que ogro)
Almofadinha (isso é infantil, porra)
Alojamento (dos sem terra?)
Amansa caralho (núúú)

Borboleta (queria ver sair voando na hora H)
Bebezinha (se mata)
Boca de velha (meooo, que mancada)
Berenice (por que?)
Bombril (mil e uma utilidades)
Bonitinha (geralmente não é muito bela)
Bacalhau (a mina tem que ser muito podre para o cara a chamar assim, ou o bofe é muito estúpido)
Bacurinha
Banco de Esperma
Banguela (seria bom se tivesse dentes ¬¬)
Barata (ah vá!)
Berinjela (amor, quer berinjela hoje? Affe!)
Bichana (é de pelúcia?)
Big Mac (hein?)
Brincalhona
Boca de pêlo
Buçanha (já imaginou o cabra chegar e pedir pra comer sua buçanha? Socos nele.)
Buraco quente

Chavasca
Cabacinha
Cabeluda
Caçapa
Capô de fusca
Carnudinha (affezão ¬¬)
Casa de rola (romântico, né?)
Caverna (algumas encontram cada dragão feio)
Ceceta (tá aprendendo a falar, meu filho?)
Cetão
Chaveirinho (coloca no bolso e leva com você)
Cheirosa
Cobiçada
Coisinha
Cona (a bárbara)
Conchinha (vai pra praia, vai!)

Danada
Delícia cremosa (aiii, não...)
Depósito de porra (só um babaca pra chamar assim)
Desbeiçada (faz botox)
Distinta
Dita cuja

Ela (ela quem?)
Engraçadinha
Ensopadinha
Entrada de jamanta (sefudê, né?)
Esconderijo
Esfiha aberta (qual o sabor?)
Esfola pinto (tem areia?)

Florzinha
Florceta (minha criação)
Fenda
Festeira
Fofinha
Fogosa
Fornalha

Gruta
Garagem
Imã de rola (que coisa feia)
Inchada (depois de dar muito, né?)

Jane (cadê o Tarzan?)

Lindinha (convencida, não?)
Linguaruda (é fofoqueira?)

Mariquinha (abre a porta)
Mal lavada
Marmita
Margarida
Mela pinto (que tosqueira)
Menina (e se for velha?)
Meninona
Metida (geralmente são)
Milagrosa
Mexerica
Moita

Preciosa
Perseguida
Pacotão
Pepeca (parece peteca, né? Joga pra cima e vê se cai na cara ¬¬)
Pomba
Periquita
Parque de diversões
Pastel de pêlo
Perereca
Prexeca
Pexereca
Porta pau

Quebra rola (que potente!)

Rachada
Rosinha (chama o Chico Bento)

Sandy (enfia o Junior nela ¬¬)
Sugadora

Tabaca
Testuda
Toca
Tônia
Trepadeira

Vagina (horroroooouso)
Vadjiaina
Valiosa
Vulva

Xereca
Xexeca
Xoxota
Xeca
Xexequinha
Xixiroca (que isso?)
Ximbica (cadê a Joelma?)
Xica (xica DÁ, xica DÁ)
Xoxô (ta mandando embora?)
Xaninha

Xana (na Argentina não conseguiam falar o meu nome e me chamavam de Xanaina ¬¬)

Com certeza tem inúmeros outros nomes, mas já enjoei de falar de buceta. Ah, ta aí o nome que acho mais simpático, BUCETA. Bucetinha também é meigo, bucetão eu acho muito rude, agora a maioria desses nomes aí que escrevi, a meu ver, são completamente broxantes!

Ouvi o relato de uma mulher que não podia ouvir a palavra buceta e um dia, seu namorado começou a dizer sem parar: buceta, buceta, buceta, buceta, buceta. A moça gritava, tampava os ouvidos, entrou em desespero e desmaiou. Coitada, deve ter algum trauma com buceta.

Quem sabe na próxima semana falamos dos nomes populares que dão para “os paus”. Vocês querem saber?

Beijos e ótima semana, povo lindo.
Jana Pupo

*

Dicas, dúvidas, críticas e sugestões escreva para:
jana.pupo@yahoo.com.br

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terça-feira, 24 de abril de 2012

Exaltação


Velho pássaro, este mundo
dorme como um menino
e se renova cada manhã.


































A ponte é um pássaro
de certeiro vôo: sua sombra
perdura na lembrança.