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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
A marca da maldade (e da destruição) de Alckmin e Cury
Nunca vi coisa tão monstruosa como demolir casas de alvenaria (veja o vídeo), levantadas e melhoradas com dificuldade ao longo dos anos, onde era o lar de famílias com crianças e idosos, para deixá-los sem nenhum teto, tornando-os refugiados, para recomeçar a vida do zero.
Até na ditadura, havia construção de conjuntos habitacionais, antes de remover favelas.
Nada explica um prefeito e um governador, em vez de construir casas, demolir.
O cidadão de São José dos Campos e de São Paulo paga imposto para o governo fazer isso?
São José dos Campos tem só 2 mil domicílios em favelas. Facílimo de resolver, para uma cidade tão rica!
A cidade de São José dos Campos tinha 189.587 domicílios ocupados em 2010, segundo o censo do IBGE.
Só 2.015 domicílios são em aglomerados subnormais (favelas). Facílimo de resolver para uma cidade rica. Mais fácil ainda quando 1.700 domicílios eram no Pinheirinho, e o a massa falida de Naji Nahas devia R$ 16 milhões de IPTU.
A cidade é o 19º PIB municipal do Brasil. Tem centros tecnológicos de ponta com investimentos federais (ITA, INPE, etc), e um parque industrial que recebe bilhões do BNDES. Tudo isso alavanca a economia e a arrecadação da cidade.
O mínimo que poderia se esperar de um prefeito com recursos tão grandes e problemas tão pequenos, é promover a ascensão social da pequena parcela da camada mais pobre da população, para a inclusão social e produtiva, erradicando a pobreza na cidade.
Mas o prefeito tucano não se contentou em deixar os mais pobres apenas abandonados, tomou decisões também para arruinar suas vidas.
Demolir aquelas casas, sem ter outra para mudar, é demolir a vida das pessoas, é desestruturar famílias. É semear a revolta em crianças que viram sua família ser arrancada de casa à força, para passar um trator um cima.
É muita maldade fazer o povo sofrido, sofrer à toa de novo, destruindo o pouco que tem, por pura ganância de dinheiro e mesquinharia por poder.
E não me venha falar em ordem judicial, porque quem não concorda, contesta.
E mesmo que a constestação judicial não seja acatada, o governador pode sim, em casos extremos descumprir e "peitar" uma ordem judicial insana. O juiz pode até mandar prender o governador que descumprir, mas isso nunca acontece, pelas consequências políticas, o que sempre obriga a uma conciliação.
Alckmin e o prefeito Eduardo Cury, não foram apenas omissos, eles agiram politicamente para esse desfecho ao criar dificuldades para viabilizar uma solução.
O prefeito queria "limpar a área" para "empreendimentos econômicos" (ele diz isso em uma entrevista: que a área tem "vocação industrial"). E queria quebrar a espinha dorsal de uma comunidade cujo líder comunitário era de um partido de oposição, o PSTU. É coisa de fascista desumano. E Alckmin concordou com tudo isso, pois não moveu um dedo para viabilizar a regularização das casas, e moveu 2000 policias para exterminar 1700 lares.
Alckmin e Eduardo Cury são os senhores desgraça, exterminadores de lares e desagregadores de famílias.
Semeiam a desesperança, a descrença na justiça e no sistema, e a revolta na cabecinha daquelas crianças e de todo mundo que tem um mínimo de senso de humanidade.
Que colham tudo o que plantaram, caindo no ostracismo político do qual nunca deveriam ter saído.
Tomara que nestes corpo-a-corpo de campanha eleitoral, venham pedir voto nas próximas eleições à um ex-morador do Pinheirinho. É só olhar no fundo dos olhos e dizer: o "senhor" arrancou a minha família da minha casa e passou um trator em cima, seu @#&. Vá pedir votos ao Naji Nahas.
Em tempo: A velha imprensa quer "socializar" os senhores desgraça, jogando a responsabilidade para o governo federal. É pura mentira.
Leia a nota do Ministério das Cidades.
Leia essa matéria do ano passado, quando Alckmin se comprometia a fazer um projeto através do CDHU, e o prefeito se comprometia a mudar o zoneamento urbano, exigências para o governo federal liberar financiamento a qualquer cidade.
Leia a nota da Secretaria-Geral da Presidência da República onde mostra que o acordo de suspensão por 15 dias não foi cumprido.
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