Com as mãos enterradas no lado apócrifo dos pais
avançam
Levam os mananciais dos sonhos arcaicos
o sismo das palavras
as insígnias de um deus esquecido
como cavilhas
o sangue
No ângulo dos gestos descrevem o crime
das rosas
o tumulto dos nomes
na boca das viúvas
E pelas cicatrizes das máscaras abrem rastos
até onde o silêncio magnético
relincha
e se apruma
Peixes vermelhos. O anel do tanque. um centro em círculo. Relâmpagos.
Furnas de segredos. Por cima, as águias relincham. Cata-ventos –atirados
ao nó dos abismos. E um ribeiro enrola-se ao tronco das árvores. Segue
as pegadas dos rituais antigos. O céu cai a pique.
Ó memória de barro! por onde sobem os anjos negros.
As têmporas molhadas , circulando á volta das Lâmpadas. A roda dos hálitos
nocturnos. Os propulsores da rapariga incendeiam a nova estátua, dentro,
no espelho. E em cada palavra a flauta vertebral renasce, vermelha, ao alto,
com penas ameríndias.
Ah! a barbatana do sangue. O animal. Exangue.
Por baixo , a flor : oculta. Febril.
O poema constrói a sua própria realidade
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Saio do diário da composição.
Nu .
Com a carne pendurada nas trevas.
Movimento em redor.
Espaço do nada.
Tudo ficou no poema.
Cravado.
Um espigão
nas entranhas.
Ao lado,
o negro anjo.
Morto.
E o meu pensamento procura,
de novo,
o rumo de outras paragens,
a sua nitidez
nos espelhos alógenos.
Com as mãos enterradas no lado apócrifo dos pais
avançam
Levam os mananciais dos sonhos arcaicos
o sismo das palavras
as insígnias de um deus esquecido
como cavilhas
o sangue
No ângulo dos gestos descrevem o crime
das rosas
o tumulto dos nomes
na boca das viúvas
E pelas cicatrizes das máscaras abrem rastos
até onde o silêncio magnético
relincha
e se apruma
Peixes vermelhos. O anel do tanque. um centro em círculo. Relâmpagos.
Furnas de segredos. Por cima, as águias relincham. Cata-ventos –atirados
ao nó dos abismos. E um ribeiro enrola-se ao tronco das árvores. Segue
as pegadas dos rituais antigos. O céu cai a pique.
Ó memória de barro! por onde sobem os anjos negros.
As têmporas molhadas , circulando á volta das Lâmpadas. A roda dos hálitos
nocturnos. Os propulsores da rapariga incendeiam a nova estátua, dentro,
no espelho. E em cada palavra a flauta vertebral renasce, vermelha, ao alto,
com penas ameríndias.
Ah! a barbatana do sangue. O animal. Exangue.
Por baixo , a flor : oculta. Febril.
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O poema constrói a sua própria realidade
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