O que sonho noite e dia,
E à alma traz-me poesia
E me torna a vida bela...
O que num brando roçar
Faz meu peito se agitar,
É o teu seio, donzela!
Oh! quem pintara o cetim
Desses limões de marfim,
Os leves cerúleos veios
Na brancura deslumbrante
E o tremido de teus seios?
Quando os vejo... de paixão
Sinto pruridos na mão
De os apalpar e conter...
Sorriste do meu desejo?
Loucura! bastava um beijo
Para neles se morrer!
Dizer... só seus
seios também dar vida..
no amamentar um
ser..
Seios redondos e quentes,
Seios desnudos, frementes,
Colos de amor, exigentes.
Seios luxúria, vibrantes,
Seios gulosos, de amantes,
Dons de paixões escaldantes.
Seios crescidos, maduros,
Seios pujantes, seguros,
Seios pequenos, discretos,
Seios rebeldes, erectos,
Feitos desejos secretos.
Seios redondos e quentes,
Seios desnudos, frementes,
Colos d'amor, exigentes.
Seios luxúria, vibrantes,
Seios gulosos, de amantes,
Dons de paixões escaldantes.
Seios crescidos, maduros,
Seios pujantes, seguros,
Sons de silêncios impuros.
Seios enormes, caídos,
Seios vazios erguidos,
Resto de tempos vividos
Teus seios... quando os sinto, quando os beijo
na ânsia febril de amante incontestado,
- são pólos recebendo o meu desejo,
nos momentos sublimes de pecado...
E às manhãs... quando acaso, entre lençóis
das roupagens do leito, saltam nus,
- lembram, não sei, dois lindos girassóis
fugindo à sombra e procurando a luz!...
Florações róseas de uma carne em flor
que se ostenta a tremer em dois botões
- na primavera ardente de um amor
que vive para as nossas sensações...
Túmidos... cheios... palpitantes, como
dois bagos do teu corpo de sereia,
- tem um rubro botão em cada pomo
como duas cerejas sobre a areia...
Quando os tenho nas mãos... Quantas delícias!...
Arrepiam-se, trêmulos , sensuais,
e ao contato nervoso das carícias
tocam-me o peito como dois punhais!...
Meu lúbrico prazer sempre consolo
na carne destas ondas revoltadas,
- que são como taças emborcadas
no moreno inebriante do teu colo...
Teus seios... são as fontes onde os loucos,
saciar a sede, tentam, da paixão,
- sede que mata e que sufoca aos poucos...
Teus seios!... Nada existe que os encarne!...
- São divinos pecados da Criação,
são dois poemas de amor feitos de carne!...
São vários poemas de autores diferentes. Cabritolunatico
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