sexta-feira, 30 de julho de 2010

Saúde

Blog da Saúde /8/2007
ARGENTUM NITRICUM : ANGÚSTIA EXISTENCIAL E FINITUDE -A BUSCA ARQUETÍPICA DO VELHO SÁBIO
Escrito por: Diversos Autores
Autores: Jorge Antolini (*), Regina Rodrigues(*)

(*)Médicos Homeopatas , Membros do Instituto Hahnemanniano do Brasil

Argentum nitricum- O Nitrato de Prata -apresenta como tema central a questão do Tempo vivenciado de forma angustiada por representar,para ele(a), a finitude. Neste sentido, o Medicamento em sua dinâmica identificada pelas patogenesias (Hahnemann,Allen,Hering) apresenta um comportamento de tristeza e desânimo em relação ao tempo presente, como o poeta Rilke que ao caminhar numa linda estrada teria dito que se angustiava diante da efemeridade de tanta beleza condenada à finitude. Este é o drama de Argentum nitricum: o passar do tempo, a finitude, a morte vivenciados com profunda ansiedade, antecipação e angústia existencial, impossibilitando-o de vivenciar com alegria o(s) momento(s) agradáveis do presente.
Este medicamento apresenta os seguintes sintomas índices repertorizáveis:
Em relação ao tema TEMPO: percepções cognitivamente equivocadas a respeito do passar das horas,do Tempo .
• Ansiedade acerca do futuro, impedindo-o de situar-se psicologicamente no momento presente.
• Nos Repertórios, ressalta-se o sintoma: “PRESSA, precipitação - todos - devem apressar-se”.
Em relação ao tema FINITUDE / MORTE:
• Apreensão, pavor da morte, chega a predizer o dia e a hora em que irá morrer; este sentimento piora quando está sozinho. Descreve-se, nas patogenesias, a ilusão de que está prestes a morrer, por isto apressa-se, precipita-se, anda cada vez mais rápido na Estrada da Vida. E deseja que todos se apressem. Indiferente aos prazeres e alegrias do cotidiano, Argentum nitricum torna-se amargurado, fixando-se no tema da morte, sonha com amigos há longo tempo falecidos e afasta-se dos seres vivos.

Em relação à Solidão:
• Ninguém pode obstruir o passar do tempo, o seu processo de envelhecimento o qual desejaria ardentemente paralisar. Sentimentos de “falta de apoio” e “abandono” aumentam o seu sofrimento psíquico.. Afasta-se dos demais.

Estagnação Psíquica:


23 de fevereiro de 2010 às 18:53

Remédios para emagrecer emagrecem?

por Conceição Lemes

Os remédios para emagrecer são mania nacional. É ligar televisão ou rádio, acessar internet, abrir jornal ou revista. Anúncios deles existem aos montes. Porém, os cientificamente testados e os aprovados são poucos. E todos — atenção! — ainda longe do ideal.

Desde o final de janeiro, um deles, a sibutramina, está proibido em todos os países da Europa. Nos Estados Unidos, a FDA, a agência de controle de alimentos e medicamentos, determinou a inclusão de novas contraindicações na bula do produto. A sibutramina não deve ser usada em pacientes com história de doenças cardiovasculares ou com fatores de risco para desenvolvê-las.
Aqui, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fez o mesmo. Ainda em fevereiro, a Câmara Técnica de Medicamentos (Cateme) fará nova avaliação dos estudos, para decidir se amplia as restrições do uso do remédio.
A decisão da Agência Europeia de Medicamentos (EMA – European Medicine Agency) de proibir a sibutramina foi a divulgação dos resultados do estudo denominado SCOUT (Sibutramine Cardiovascular Outcomes). Durante seis anos, ele avaliou 10 mil pacientes obesos com risco aumentado de doenças cardiovasculares.
No grupo que tomou placebo (preparação neutra, com aparência do remédio verdadeiro, mas sem efeito farmacológico), 10% tiveram infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC) ou parada cardíaca. Já no que tomou a sibutramina, a porcentagem foi maior: 11,45%. Um aumento de 16%, quando comparado ao tratado com placebo.
“O estudo foi feito com pacientes com história de doenças cardioavasculares para os quais geralmente nós já não prescrevíamos a sibutramina”, explica médica endocrinologista Maria Teresa Zanella, professora titular de Endocrinologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
O médico endocrinologista Simão Lottenberg, do Serviço de Endocrinologia da Faculdade de Medicina da USP, acrescenta: “Embora não houvesse contraindicação formal, a recomendação era de que fosse administrada com cautela em obesos hipertensos ou com problemas cardiovasculares, já que eventualmente a sibutramina pode aumentar a pressão arterial e causar arritmia [alteração do ritmo dos batimentos cardíacos]”.
A doutora Maria Teresa reforça: “Na prática, nós já adotávamos as contraindicações estabelecidas atualmente pela Anvisa em função do novo estudo”.
A DROGA IDEAL AINDA NÃO EXISTE; TODAS TÊM EFEITOS COLATERAIS
“O fato é que, mesmo os aprovados, por si só não resolvem a obesidade. Eles apenas ajudam no processo de emagrecimento”, alerta Simão Lottenberg “Se não forem acompanhados de reeducação alimentar e atividade física, eles não funcionam. Todos ainda têm efeitos colaterais.”
“Na verdade, o desafio da ciência é conseguir uma droga que atue essencialmente na queima de calorias, de forma a gastar a gordura estocada a mais”, “Essa droga ainda não existe.”
Os remédios hoje disponíveis agem fundamentalmente no mecanismo de ingestão de calorias:
* Anfetamínicos – Mazindol, femproporex e anfepramona são os nomes químicos. “Primos” da anfetamina, eles aumentam a produção de adrenalina pelo organismo, diminuindo a fome no horário em que é tomado. Custam barato, mas produzem muitos efeitos colaterais: ansiedade, insônia, agitação, irritabilidade, aumento da pressão arterial e dos batimentos cardíacos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), devem ser usados em baixas doses, no máximo por três meses, pois causam dependência e, principalmente, tolerância: com o tempo, a pessoa precisa usar doses cada vez maiores para a medicação funcionar. E, aí, aumenta o risco de alterações psíquicas, cardíacas e de pressão arterial.
* Sibutramina – Mais segura do que os anfetamínicos, tira um pouco do apetite e aumenta a saciedade. Como qualquer medicação, pode provocar efeitos colaterais, como dor de cabeça, alterações emocionais e na pressão arterial. Portanto, seu uso deve ser monitorado, até porque não são todos que se beneficiam do tratamento: cerca de 60% dos usuários perdem peso; 40%, não.
“A sibutramina diminui a ansiedade, por isso é mais indicada para os comedores compulsivos”, informa Lottenberg. Outras drogas que aumentam a saciedade e têm sido usadas no tratamento da obesidade são a fluoxetina e a sertralina (antidepressivos) e o topiramato (anticonvulsivante).
* Orlistat – Diferentemente de anfetamínicos, sibutramina, fluoxetina, sertralina e topiramato, o orlistat não age no cérebro, portanto não tira o apetite nem aumenta a saciedade. Sua forma de atuação: ele diminui em 30% a absorção da gordura da alimentação. Seu efeito colateral mais importante é a diarreia: a maior quantidade de gordura no intestino faz com que ele funcione mais rápido, aumentando o número de evacuações diárias. Por vezes acontecem “acidentes”, principalmente quando se come algum alimento mais gorduroso. Assim como a sibutramina, pode ser usado por tempo prolongado e em cerca de 40% das pessoas não funciona. Custa muito caro.
“A opção por um desses remédios depende de cada caso. Tem de pesar risco, benefícios, efeitos colaterais, contraindicações e custo financeiro”, esclarece Lottenberg. “Por si só, nenhum é capaz de solucionar a obesidade. Eles são apenas coadjuvantes do processo de emagrecimento.”
“Além disso, quando as pessoas perdem cerca de 10% do peso, esses medicamentos fazem um platô”, chama a atenção Maria Teresa. “Isso significa que, mesmo que continuem sendo usados, a pessoa pára de emagrecer.”

Por tudo isso, atenção:


1) não existe droga milagrosa para emagrecer, nem aqui nem no restante do mundo; se alguém te prometer o contrário, está mentindo.
2) esses poucos remédios aprovados devem ser usados sob rigorosa prescrição médica;
3) não substituem em hipótese alguma a reeducação alimentar e a atividade física;
4) nenhum deles permite que se coma à vontade e ser sedentário; se não houver mudança no estilo de vida, não funcionam;
5) a mudança de hábitos é a única receita que faz você eliminar os quilos extras e manter o peso saudável por tempo prolongado. Com a vantagem de não ter efeitos colaterais e beneficiar toda a sua saúde.


10 de abril de 2010 às 7:57
Troca-troca: O que falar com os filhos, os sobrinhos…
por Conceição Lemes

Em consultórios de especialistas que trabalham com sexualidade, vez por outra aparecem pais e mães literalmente arrasados. Flagraram ou suspeitam que o filho faz troca-troca com coleguinhas. Junto, quase sempre arrastado, o menino humilhado. É de doer.
A preocupação com essa questão já lhe passou pela cabeça? O seu filho ou seu sobrinho já esboçou necessidade de esclarecer alguma dúvida sobre troca-troca? O que fez você? Já pensou o que responderá quando ele voltar a tocar no assunto? E se eventualmente surpreendê-lo na hora H, o que fará?
Tais situações são freqüentes e exigem informação e maturidade do pai e da mãe. Para esclarecer essas e outras questões sobre o tema, entrevistamos a médica psiquiatra Carmita Abdo, especialista em Medicina Sexual. Carmita é professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e coordenadora do Projeto Sexualidade (ProSex) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas.
Viomundo – Doutora, o troca-troca entre meninos leva à homossexualidade?
Carmita Abdo – Evitar o troca-troca não é garantia de que o menino será heterossexual quando for adulto. Também não é porque o menino vivenciou experiências de troca-troca que se tornará homossexual. Ser homo, bi ou heterossexual não é uma opção. Ou seja, ninguém escolhe ser homo, hétero ou bi. A teoria mais aceita hoje em dia é a de que o indivíduo nasce com uma carga genética sobre a qual se assentam fatores educacionais, sociais e emocionais, que o vão moldando para a heterossexualidade, a homossexualidade ou a bissexualidade. Muitos estudos demonstram que alguns fatores que vão determinar a orientação sexual estão presentes muito cedo na vida, talvez até já ao nascimento. A homossexualidade, assim como a heterossexualidade, é uma tendência, uma orientação sexual.
Viomundo – O que vem a ser exatamente o troca-troca?
Carmita Abdo – Como a própria expressão indica, é um relacionamento no qual há alternância de situação dos parceiros. Em determinada ocasião, um deles estará na posição de recepção; na outra, na de introdução. De longa data sabemos que isso acontece.
Viomundo – Em que idade costuma ocorrer?
Carmita Abdo – Quando os meninos começam a produzir os hormônios sexuais e a ganhar os caracteres sexuais secundários — surgimento de pêlos, engrossamento da voz, aumento da musculatura, ereção peniana e ejaculação. Isso se dá por volta dos 11, 12 anos de idade; mais raramente aos 10, entre os mais precoces. Eles ainda não têm facilidade para abordar uma garota, mas já têm desejo sexual, vontade de manter contato físico, penetrar e ejacular. Para resolver essa necessidade e o impulso sexual acabam fazendo um acordo entre si, que é o chamado troca-troca: cada qual usufrui do prazer de penetrar, desde que também se submeta à penetração.
Viomundo – Que papel tem no desenvolvimento sexual do menino?
Carmita Abdo — De iniciação. Freqüentemente representa a primeira experiência sexual. Ela vai ser repetida algumas vezes, enquanto o menino desejar o ato sexual, mas ainda não tiver habilidade, experiência, disposição ou coragem para abordar uma garota. Antigamente, quando as meninas se resguardavam sexualmente até o casamento, muito tempo transcorria até que o garoto pudesse ter uma experiência heterossexual com alguém de sua idade. E como ele, em geral, também não tinha condição de pagar uma profissional do sexo, por um bom tempo resolvia o impulso sexual com o troca-troca.
Viomundo – Então antigamente o troca-troca ia até mais tarde?
Carmita Abdo – Sim. Mas, atualmente, com a liberdade sexual das meninas e das adolescentes, o troca-troca dos meninos está restrito à fase de iniciação sexual mesmo. Quando o garoto tem 11, 12 anos é muito imaturo; nenhuma menina tem interesse sexual nele e a alternativa é o troca-troca. Isso perdura até os 13, 14 anos. Em seguida, o troca-troca é substituído por iniciação sexual com garotas. Mesmo aqueles que serão homossexuais costumam ter essa fase com garotas.
Viomundo – Ou seja, o troca-troca faz parte do desenvolvimento sexual?
Carmita Abdo – É um estágio natural e universal do desenvolvimento sexual de boa parte dos garotos, independentemente da cultura em que estão inseridos. Na puberdade, fase de transição entre a infância e a adolescência, os hormônios sexuais começam a ser produzidos. E o apelo biológico se torna incontrolável. Além disso, a educação dada aos meninos os leva a entender que a busca por sexo é um valor positivo. E como não têm como resolver essa questão com as garotas que os atraem, vão solucionando essa necessidade física entre eles.
Viomundo – Há alguma estimativa sobre a freqüência atual?
Carmita Abdo – É difícil estimar um número preciso, porque não é uma atividade que os garotos comentem ou assumam publicamente, por receio de serem mal interpretados. Nega-se muito. “Eu nunca fiz, doutora”, muitos me dizem. Eu sei que pode não ser verdade, mas não retruco. O que podemos dizer é que a maioria dos meninos teria essa experiência pelo menos uma vez ao longo da vida.
Viomundo – Faz de conta que não faz?
Carmita Abdo – Existe um pacto de silêncio. O que dá prazer ao menino geralmente é a penetração. Ele penetra, mas também é penetrado, porque o outro menino também quer penetrar. Assim, ambos conhecem os dois lados e se satisfazem com parte da experiência. Agora, quando o garoto aceita ambas as práticas e se submete de forma mais receptiva e até se mostra interessado nesse contato físico, seu próprio grupo tende a estigmatizá-lo. Muitas vezes é considerado um homossexual. Mas esse garoto – atenção! – não necessariamente terá orientação homossexual.
Viomundo – Na cabeça dos meninos, homossexual é apenas o passivo, o ativo, não?
Carmita Abdo – Geralmente pensam assim. Mas é um grande equívoco considerar que ser homossexual masculino significa ter passividade sexual, ou seja, ser penetrado. O homossexual pode ser ativo também. Na vida adulta, independentemente de ele penetrar ou ser penetrado, é a atração que define a tendência sexual. Homossexual – seja homem ou mulher – é aquele que tem preferência sexual por pessoa do mesmo gênero que o seu.
Viomundo – Vamos supor que o pai flagre a situação. O que ele deve fazer nessa hora?
Carmita Abdo – Primeiro, ter muita tranqüilidade, não se angustiar. O grande medo dos pais é que essa experiência se torne a preferência sexual do filho. Na maioria das vezes ela é temporária. Segundo, não comece a investigar a vida do garoto de forma explícita e indiscreta. É a intimidade dele que estará sendo vasculhada. É muitíssimo desagradável estar exposto, ser interrogado, às vezes até sem nenhuma privacidade. Terceiro, seria interessante ainda o pai puxar um pouquinho pela memória e relembrar que deve ter vivido situação semelhante na sua puberdade ou no início da adolescência, e hoje nem se lembra.
Viomundo – Adianta xingar, dar bronca, brigar e até partir para a agressão física?
Carmita Abdo – De modo algum. Se o garoto se deixou ser pego, talvez ele quisesse mesmo que isso acontecesse, para abrir um canal de comunicação com o adulto. Pais, não percam essa oportunidade. Mas é só uma conversa mesmo, uma oportunidade de educação sexual em família, sem coações ou medidas repressivas que possam complicar o relacionamento familiar. Lembrem-se: na maioria das vezes, é apenas uma fase natural do desenvolvimento sexual do menino.
Viomundo – Os pais devem conversar com os filhos sobre essa questão ou esperar que perguntem?
Carmita Abdo – A melhor forma de educação sexual – começa na primeira pergunta da criança sobre sexo, o troca-troca e todas as demais questões – é tratar cada assunto à medida que for apresentado. Não adianta se antecipar sobre aquilo que o menino ainda não viveu. Ele vai estranhar, não vai entender. É a mesma coisa que falar para uma criança de 2 anos que um dia ela vai ler, escrever… Ela pode até ouvir, mas essa fala não será assimilada.
Viomundo – Como os pais devem proceder?
Carmita Abdo – Todas as perguntas sobre sexualidade devem ser respondidas à medida que aparecem. Não se deve fazer discurso, mas responder de forma direta, objetiva, sintética, pontual, a questão formulada. Os pais – leia-se pai e mãe – são os que têm melhores condições de dar educação sexual aos próprios filhos. Afinal, conhecem melhor do que ninguém as peculiaridades da personalidade do seu menino ou menina. Isso exige maturidade do pai e/ou da mãe para lidar com o tema.
Viomundo – Mas, por vergonha ou desinformação, muitos pais não conseguem. O que fazer?
Carmita Abdo – Independentemente de os pais estarem ou não atentos ao desenvolvimento sexual do filho, ele está ocorrendo. A melhor educação sexual é a que se recebe em casa. Por isso, o ideal seria que falassem abertamente com a criança sobre o assunto. Hoje em dia existem sites, livros, filmes capazes de fornecer informação de qualidade. Entretanto, se não se sentem à vontade para fazer esse papel, um caminho é pedir a outro familiar adulto que o faça. Em última instância, a educação sexual na escola pode ser a alternativa possível. É fundamental não apenas para o desenvolvimento sexual mas para a saúde geral da criança.
Viomundo – O que diria a um garoto que eventualmente leia a nossa entrevista?
Carmita Abdo – Primeiro, faria a seguinte observação: a sexualidade existe dentro de todo ser humano. É lícito que você se sinta sexualmente estimulado; isso faz parte naturalmente do seu desenvolvimento. Em seguida, daria três sugestões: 1) se tiver dúvida, procure dividi-la com um adulto da família que possa orientá-lo, de preferência seu pai ou sua mãe. Se sentir que não estão aptos, converse com outra pessoa adulta da família ou um professor; 2) seus primeiros contatos sexuais devem ser com pessoas da sua faixa etária; 3) nunca deixe de fazer sexo protegido, isto é, use sempre a camisinha. Sexo seguro é fundamental para a sua saúde e da sociedade como um todo.
Viomundo – O troca-troca tem que ser mesmo entre meninos da mesma faixa etária?
Carmita Abdo – Seguramente. Tudo o que foge disso pode causar dano físico e emocional à criança.
Viomundo – Explique melhor.
Carmita Abdo – Às vezes o garoto pensa que está fazendo troca-troca e não está. Por exemplo, quando ele, com 11, 12 anos, descobre a sua sexualidade com um adulto ou com um adolescente de 18, 19 anos. Não é uma experiência de troca, porque não existe liberdade de escolha. Aí, ele serve como objeto sexual, pois está submetido pela pessoa mais velha. Essa experiência pode ser violenta e machucar, prejudicar o menino física e emocionalmente. O troca-troca também é danoso quando o garoto é obrigado por outros maiores ou mais fortes a se submeter a essa prática. Troca-troca supõe livre escolha.
Viomundo – Sexo seguro supõe o uso de camisinha. Isso significa que troca-troca só com preservativo?
Carmita Abdo –Troca-troca é uma prática sexual, na qual há contato íntimo dos órgãos genitais e troca de secreções. É indispensável, portanto, que o garoto use camisinha, pois é impossível saber se o outro tem alguma doença sexualmente transmissível. Além disso, o pênis de quem penetra fica exposto ao conteúdo do reto [parte final do intestino] de quem está sendo penetrado. Alguém pode refutar: “Como chegar para um garoto de 10, 11, 12 anos e dizer: olha, isto aqui é uma camisinha; use-a quando fizer o seu troca-troca?”. Quando o assunto é sexo, a regra de que não se deve antecipar coisa alguma cai por terra. Às vezes o preço que se paga por não informar e educar é muitíssimo mais alto.
Viomundo – Como resolver esse impasse?
Carmita Abdo – Os pais precisam estar cientes de que os recursos para evitar o sexo de risco devem ser adotados desde a iniciação sexual. É melhor promover saúde e engajar-se na prevenção do que enfrentar, no futuro, as conseqüências do sexo de risco. Por isso, sistematicamente, os pais têm que bater na tecla da camisinha. Ela é o único recurso eficaz contra gravidez e doenças sexualmente transmissíveis, inclusive aids.
Viomundo – Nesse caso, o que aconselharia um pai ou uma mãe a dizer ao filho?
Carmita Abdo — Tudo o que você faz na vida pode ser bom como ruim. Você às vezes saboreia um prato excelente, mas que pode lhe fazer mal. Por isso, é preciso sempre se prevenir. Você não coloca uma verdura ou fruta na boca do jeito que vem da feira. Você lava antes. Esse cuidado de se proteger deve se tornar hábito desde o início da vida sexual. Você não precisa dizer para o garoto: “quando você fizer troca-troca, use preservativo”. Mas você pode dizer que em toda relação sexual – seja qual for — é fundamental que ele use a camisinha. Pronto. Não precisa entrar em detalhes.
Viomundo – E se o garoto se mostrar insatisfeito com a resposta genérica?
Carmita Abdo – Você até pode aprofundar a resposta, caso o clima seja propício e o próprio garoto queira.


Drogas: Chega de empurra-empurra!
por Conceição Lemes

O consumo de drogas, inclusive álcool, cresce na maior parte dos países. No Brasil, mais da metade das pessoas já experimentou alguma droga ilícita e a iniciação é cada vez mais precoce. Daí a importância da prevenção.
No seu entender, qual destes discursos deve ser adotado por uma mãe ou um pai:
a) Meu filho, evite as drogas.
b) Meu filho, o problema não é a droga; é a polícia, o bandido. Então venha usar aqui em casa.
c) Meu filho, eu sei lidar, você saberá lidar também. Como você é um bom garoto, a questão está em suas mãos.

“A longo prazo, filhos de pais que lançam mão do discurso a usam menos drogas do que os dos que recorrem ao b ou c, que são ambíguos. É difícil o adolescente entender que drogas fazem mal se o uso é permitido em casa”, alerta o psiquiatra e professor André Malbergier, coordenador do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas (Grea), da Faculdade de Medicina da USP, no livro Saúde — A hora é agora. Ele avisa: “O cérebro dos adolescentes não está preparado para lidar com situações de prazer envolvidas no uso de cigarro, álcool e drogas ilícitas, o que aumenta o risco de se tornarem usuários”.
Existem no cérebro regiões que medeiam a relação de prazer que temos com as coisas da vida. Algumas substâncias nele produzidas estão envolvidas nessas sensações. Uma delas é a serotonina, ligada à tranquilidade e ao bem-estar. Outra é a dopamina, associada ao prazer.
Em adultos saudáveis, a produção de serotonina e de dopamina é relativamente equilibrada. Já os adolescentes produzem normalmente menos serotonina e mais dopamina. Porém, a partir do momento em que começam a usar drogas, têm o circuito cerebral de prazer alterado.
“As drogas potencializam o efeito da dopamina. Funcionam como reforçador do prazer que dificilmente se obtém nas atividades comuns”, explica Malbergier. “Por isso o risco de o adolescente perder o controle sobre o consumo de drogas é consideravelmente maior do que o de alguém que inicia aos 30, 40 anos.”
Mas não é só. Outros fatores contribuem para que adolescentes e até pré-adolescentes se tornem usuários quando entram em contato com drogas: a tendência à impulsividade e a dificuldade de esperar pelo prazer – ele tem de ser imediato; pressão do grupo social; vulnerabilidade genética devido ao tipo de personalidade – há garotos e garotas que nascem com maior propensão à busca de sensações de grande impacto; história familiar de conflitos importantes; falta de um dos pais ou distanciamento de ambos; abuso sexual; violência; acessibilidade.
Nessa altura, estas perguntas são inevitáveis. O próprio Malbergier responde.
– Mas eu sempre soube lidar com droga, meu filho saberá também. Isso é coisa da adolescência…
O fato de você ter o consumo sob controle não significa que seu garoto ou sua garota terá, por melhor que eles sejam. Deixar essa questão só nas mãos dos jovens é um risco. Promover saúde é tentar evitar o contato.
– Ah… Mas eu usei drogas dos 18 aos 25 anos, hoje tenho 40, sou um executivo bem-sucedido, trabalho numa boa…
Por mais careta que pareça, o discurso de evitação colabora para que os filhos usem menos drogas. Aliás, mesmo que você consuma, há coisas ligadas ao prazer que não precisam ser ditas aos filhos. Da mesma maneira que você não lhes conta como é sua atividade sexual, certo?
– Mas, se eu disser para evitar, será que ele não vai usar só para me contrariar?
Independentemente de dizer sim ou não, é imensa a probabilidade de os adolescentes experimentarem, pois o acesso é muito fácil. Afinal, em boa parte das festas rolam drogas ilícitas. Agora, se eles introjetaram que os pais preferem que as evitem, diminui a possibilidade de continuarem o consumo. “A sensação de risco é muito maior do que se simplesmente ouvissem dos pais ‘Isso é fase, faz parte da vida’, justifica Malbergier.
– E se, apesar do discurso de evitação, meu filho continuar usando drogas?
Não é porque ontem seu filho ou sua filha provou álcool ou alguma droga ilícita que amanhã ele ou ela será dependente, irá mal na escola, terá atritos com familiares. Em geral, a dependência é desenvolvida gradativamente. Portanto, fique atento(a) ao processo lento de mudança de comportamento social e notará tão logo ele ou ela comece a ficar “diferente”. Caso positivo, converse.
Se necessário, busque ajuda.
“É claro que vocês, pais, são os primeiros responsáveis pela orientação dos filhos quanto ao uso de cigarro, álcool e drogas ilícitas”, salienta Malbergier. “Mas não os únicos. Como questão de saúde coletiva, a prevenção é responsabilidade também de professores, profissionais de saúde, autoridades governamentais e dos próprios adolescentes. Cada um tem de fazer a sua parte. Chega de empurra-empurra!”

Gostaria de esclarecer alguma dúvida sobre como abordar a questão drogas com o seu filho? Pois deixei-a em comentários. O doutor Malbergier vai responder.

Nota do Viomundo: O livro Saúde — A hora é agora, publicado pela editora Manole, tem como autores a repórter Conceição Lemes, o médico Mílton de Arruda Martins, professor titular de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da USP, e o médico Mario Ferreira Junior, responsável pelo Centro de Promoção de Saúde do Hospital das Clínicas de São Paulo.


Roberto · 6 semanas atrás
Tão engraçado esse medo de que a "legalização" aumentaria o número de usuários. Parece aquela preocupação dos que não querem o debate de cotas nas universidades com medo de "criar/aumentar o racismo no Brasil".


Existem milhões de usuários de diversos tipos de drogas (lícitas ou ilícitas). Ponto final. Isso é um fato. Se o Estado acha que o consumo dessas drogas traz algum mal à sociedade, então que discuta uma nova forma de atacar o problema, pois esse negócio de criminalização não deu certo. Será que isso não é claro? Chega de gastar dinheiro público de forma tão ineficiente nessa "guerra contra as drogas". Chega de tratar essa questão como uma questão de polícia. Precisamos do emprego desse contingente enorme de policiais em outras áreas emergenciais. Por que não investimos os bilhões dessa guerra em Educação? Aí sim abriremos uma frente que de fato funcione contra o combate ao consumo de drogas: diminuindo a demanda.


Ou encaramos essa questão de frente, tratando-a como um questão de saúde pública, aceitando que existem diversos tipos de drogas e que não podem ser todas colocadas no mesmo saco, criando uma política educacional com capilaridade entre os jovens, ou vamos continuar nessa bendita terra de hipocrisia onde não se pode vender o que é vendido em cada esquina e não se pode consumir o que é consumido diariamente por milhões de brasileiros.


A legalização da maconha é útil até mesmo aos que querem diminuir seu uso... mas é difícil debater isso com essas pessoas.


Orlando f. filho · 8 semanas atrás
Peço um pouco de paciência dos amigos para ser professoral. A proibição da maconha no Brasil aconteceu por preconceito racial. Os escravos fumavam sua diamba sem problemas, não eram incomodados, etc. A nobreza preferia o haxixe, droga caríssima naquela época, inacessível aos filhos da nobreza. O que os muleques faziam? Compravam maconha dos escravos e saiam felizes para fumar seus baseados. Um médico sanitarista da época, ao descobrir o artifício, conveceu o governo que "essa droga do demônio, utilizada por uma raça inferior, estava envenenando a mente dos filhos da nobreza branca." Talvez seja este o motivo do ódio contra a maconha. A maconha não é legalizada porque, ao contrário do cigarro e bebidas alcoólicas, pode ser cultivada dentro de casa por qualquer pessoa(inclusive na California existem verdadeiras plantações em apartamentos), o que é um tapa na cara do capitalismo.


Wilson Pereira · 10 semanas atrás

O que fazer com os usuários? Prende-los? E os que bebem, fumam cigarro ficariam impunes? As drogas são diferentes, as leis também não deveriam ser? Ou a solução é generalizar e tratar todas como uma coisa só: droga (leia-se coisa ruim, do demônio, coisa de marginal, coisa de gente alienada, coisa de loucos que não ligam pra própria saúde).


O discurso "nunca usei, dane-se quem usa, temos que acabar com esse mal" é extremamente individualista. Vocês - os não usuários - se sentem como "os iluminados" que sabem da verdade (que a droga faz mal a saúde) e querem libertar o mundo acabando com as substâncias que vocês não consomem e abominam, mesmo sem nunca terem experimentado (de verdade, não em laboratórios com cobaias humanos ou ratos e muito menos lendo em panfletos dos "profissionais da saúde") para aí sim julgar seus efeitos. Ninguém fala que a maconha é uma droga recreativa, onde o "ritual" geralmente envolve formar uma roda e conversar por horas e horas, discutindo desde a novela das 8, passando pelo futebol, cultura, política, religião. Ninguém fala quantas idéias importantes para o pensamento político latino-americano surgiram nas mesas de bar e nas "rodas de maconha". Ninguém fala o que representa o tal "efeito relaxante" para um trabalhador que após 8 ou 10 horas de trabalho chega em casa exausto e só pensa em tomar um banho, fazer um café quente e forte e acender seu cigarro de maconha. Sei que o artigo trata sobre adolescentes e que o caso é delicado. Mas os comentários acerca do uso da maconha são extremamente preconceituosos.


Tenho uma proposta para vocês, caros companheiros:


Na parte de trás de cada caixa de chocolate o Ministério da Saúde deveria colocar a foto de uma pessoa obesa morrendo de diabetes.


Na parte de trás de cada caixa de remédios, incluindo os calmantes, remédios para dor de cabeça e gripe, o Ministério da Saúde deveria colocar a foto de um adolescente morto de overdose no tapete da sala e a mãe chorando ao fundo ao ver seu filho afogado no próprio vômito.


Na parte detrás das cervejas, licores, dos vinhos portugueses, chilenos e argentinos, o MS deveria colocar a foto do um corpo de uma criança dilacerado (com muito sangue e photoshop) entre as ferragens de um carro socado no poste, fruto da embriaguez.


Em cada pastel da feira, a foto de um tórax aberto cirurgicamente, mostrando as artérias de uma senhora entupidas de gordura.


E em cada "santinho" dos políticos, que o governo coloque a foto de crianças comendo no lixão, disputando comidas com ratos e baratas, mostrando o perigo dessa democracia totalitária em que vivemos e o quanto somos "livres". Isso inclui aquela famosa tela azul no fim do horário eleitoral: "A politicagem é droga e causa dependência."


Que tal? Já que para muitos aqui "droga é droga e ponto final", tratemos então todas como uma coisa só. Vamos reprimir os usuários colocando-os atrás das grades ou em "clínicas de recuperação", onde geralmente o acesso às drogas é muito maior do que no "mundo lá fora".


Priscila C. Lemes · 5 semanas atrás

Muito bem colocado!
Enquanto não tratarmos a questão da maconha como um problema de saúde pública, a situação continuará a mesma: usuários sendo tratados como criminosos e a sociedade julgando como quer!
O ser humano já usava substâncias alucinógenas/calmantes/estimulantes muito tempo antes de inventarem Cristo.
Hoje, há MUITAS pessoas que fumam maconha, mas nem todas admitem por medo de serem julgadas pela sociedade ou até mesmo presas. Não falo em legalizar, pois nossa sociedade é extremamente conservadora e não está preparada para uma mudança tão radical como esta. Creio que tão cedo não veremos nada parecido. Mas a questão da discriminalização tem SIM que ser discutida. Não aguento mais ser tratada como uma criminosa por fumar um baseado de vez em quando!


Como já disse o Wilson, as drogas são diferentes, as leis também devem ser!


Só para finalizar: essa conversa de que "usar qualquer tipo de droga, seja lícita ou ilítica, é lamentável" defendida pelo Ângelo é absurdamente preconceituosa! Lametável é misturar alhos com bugalhos, banana com tomate, crack com maconha. Lamentável é não conhecer as drogas e julgá-las como uma coisa só e com o mesmo efeito: depreciativo, nocivo à saúde!


Sabemos que fumaça no pulmão faz muito mal. Mas hoje, o que não faz? O café e a Coca-Cola viciam e causam gastrite; os doces causam diabates; as frituras podem causar infarto; respirar o ar da cidade de São Paulo pode causar câncer! Sem falar nas substâncias que nem conhecemos direito: aromatizantes, estabilizantes, corantes, acidulantes... presentes em grandes quantidades nas balas, salgadinhos e sucos de nossos filhos.


Concordo com o comentário do Wilson - exagerado na medida certa e bem humorado. Essa discussão é de extrema importância para os jovens de hoje que vivem nesse regime dito democrático, mas que reprime mais que muita ditadura.


Ângelo de A. Regis · 5 semanas atrás

Tudo bem, está de certa forma correto teu comentário, mas o uso de droga, seja qualquer que for, não é recomendável e causa SIM prejuízos irreparáveis ao corpo humano. Não precisa ser um especialista em saúde para se constatar isso. trabalho a mais de 30 anos com grupos de usuários de drogas (inclusive a inofensiva maconha) e os resultados desse costume sao desastrosos. Lamentável...Muito lamentável usar quaisquer droga, seja lícita ou ilícita!


Felipe M Cardoso · 6 semanas atrás

PUTA-QUE-O-PARIU!! Até arrepiei!!! Enfim uma pessoa sensata!!!

Eu fumo meu baseado quase todo dia, depois do meu expediente, de pagar minhas contas, fazer academia e botar minha filha pra dormir. E aí?! Fiz mal a quem?!!!
Quem tiver a ilusão de que é comigo, vem cá e me examina psicologica e fisiologicamente! Duvido que ache qualquer coisa.


Binah Ire · 7 semanas atrás

Wilson, foi a coisa mais lúcida que já li a este respeito.


Paulo · 9 semanas atrás
Apoiado!


uilherme Scalzilli · 11 semanas atrás

Falácias contra a maconha

Ronaldo Ramos Laranjeira, professor da Unifesp e coordenador do Instituto Nacional de Políticas sobre Álcool e Drogas, e Ana Cecilia Petta Marques, pesquisadora do mesmo Inpad/CNPQ, atacam a legalização da maconha. O último artigo chama-se “Lobby da maconha” e saiu na Folha. Os argumentos são batidos, mas reúnem as principais deturpações proibicionistas em voga. Elas são citadas abaixo, em itálico, seguidas de meus comentários.

1. “Maconha faz mal”: irrelevante. Toda substância pode causar dano à saúde. Os horrores do câncer, do infarto ou do vício jamais serviriam para proibir legumes tratados com agrotóxicos, frituras ou remédios que provocam dependência. O argumento da saúde pública tem a mesma duração de um copo de cachaça.
2. “Efeito terapêutico não é comprovado”: mentira. Procurem os trabalhos do Dr. Raphael Mechoulam, da Universidade Hebraica de Jerusalém. ...


(continua aqui: http://guilhermescalzilli.blogspot.com/2010/08/fa... )


evista Caras visitou os bastidores do Encontro de Blogueiros
Viomundo - O que você não vê na mídia

[...] (Altamiro Borges, do blog do Miro), da Danielle (Barão de Itararé) e das Conceições, a Lemes (Blog da Saúde) e Oliveira (Maria Frô). Refiro-me àqueles que, de fato, suaram sangue para fazer do encontro o [...]

Fabiano · 12 semanas atrás

Eu tenho o direito de usar o meu próprio corpo.
Você não tem o direito de se entupir de carne gordurosa?
Pois bem, eu quero ter o direito de fazer o que quero com o meu corpo.
Só quero ter o direito de plantar minha maconha no meu quintal e fumar sem ninguém me importunar na minha própria casa.
Deixemos de hipocrisia. Quanto mais se proibe, mas se incita ao uso.

Rafael · 12 semanas atrás
Sou contra qualquer proposta de legalização, e penso ser balela a conversa de comércio legal como redutor de violencia, ao contrário, tudo permanecerá como antes no quartel de abranches, traficante não paga e nunca vai querer pagar icms e afins, logo, o comércio ilegal vai continuar a existir. As vezes me pergunto, se a regra do jogo é a proibição pq não cumprir?Já que não vicia, que não faz mal, pq não deixar de comprar?


Felipe M Cardoso · 6 semanas atrás

Rafael, o comércio ilegal EXISTE ATÉ PARA CIGARRO COMUM. Não só comércio ilegal, como pirataria. Tem muito cigarro falsificado por aí. Mas o usuário não tem culpa disso.


Na questão das drogas, há uma penalização do usuário. Porque?! Ele não tem o direito de escolher o que quiser para sí? Inclusive se ferrar?!


Se pudéssemos plantar nossa própria maconha, já seria uma saída. Dá trabalho, não é barato, mas as pessoas não teriam de procurar um traficante, e com isso, se expor a riscos, entrar em contato com desgraças como o crack, e ainda saberiam o que estão consumindo, pois no "prensado" (a maconha do traficante) o usuário não faz idéia do que está consumindo. No mínimo tem amônia para dar liga no "tijolo". Mas para ter bosta de vaca, capim, ou qualquer outra porcaria, não custa nada.


É o que acontece com as drogas sintéticas. Não há nenhum controle sobre o que o usuário está consumindo. A maior parte do que se vende hoje nem é mais ecstasy e LSD. São outras coisas, que ninguém sabe se é uma droga leve como o LSD.


Legalizar é sim uma questão de saúde pública. E diminuiria sim, muito do financiamento do tráfico, que não é comandado por favelado não. Tem muita gente grande por trás disso. Favelado é descartável! E está envolvido, muitas vezes, por falta de opção.


rafael · 7 semanas atrás

E vc acha que as pessoas fumam baseados porque vicia e faz mal?


vinicius · 12 semanas atrás

rafael, se um dia proibissem a pratica de sexo como recreação e usassem somente inseminação como meio de reprodução vc não cumpriria as leis? sexo não vicia porque então não parar?

o uso de maconha foi livre durante quase toda historia humana, somente no ultimo seculo que devido a contendas politicas ela se tornou ilegal, as pessoas que tinham como parte de sua vida o uso de maconha foram contra essa lei...hoje nós somos os sucessores deles
com base no que vc afirma que o comercio legal sempre vai existir? se houver uma alternativa dentro da lei para comprar maconha, qual o IMBECIL que vai ir quebrar a lei pra comprar com um kra q ele nem conhece direito que lida todo dia com traficantes e criminosos??????????
o comercio ilegal só existe enquanto o consumo ilegal for a unica saida!


O Brasileiro · 12 semanas atrás

Depoimento:


Acho que sofri "lavagem cerebral".


Aos 10 anos eu lia os livros "O drama do alcoolismo" e "O drama do tabagismo".


Aos 13 anos, na escola, eu lia "O estudante".


Tive quatro tios alcóolatras e via a miséria dos maconheiros na minha rua.


Por essas e outras, as drogas, incluindo o álcool e o cigarro, nunca me interessaram!


Espero que meu filho siga o meu caminho, pois nunca precisei de álcool para "ter coragem" nem pra me enturmar!


Sempre convivi com amigos que bebem!


Nunca precisei usar álcool ou drogas para me socializar ou para paquerar!


Será que eu sou um ET??? Rrsss


O que eu posso dizer é que A PREVENÇÃO TEM QUE COMEÇAR MUITO CEDO!


riscila C. Lemes · 5 semanas atrás

O que tem que começar muito cedo?

a PREVENÇÃO ou a LAVAGEM CEREBRAL?

Hans Bintje · 12 semanas atrás

Essa frase da Eugenia mexe na ferida:
- Droga é alienação.
Do insuspeito Estadão - parte 1/2: "DEVASSA BEM LOURA: UMA VIDA MAIS ORDINÁRIA" ( http://blogs.estadao.com.br/bob/devassa-bem-loura... )
"Foi difícil escolher o título deste post. Ideias como 'nem tudo que reluz é ouro', 'mais uma falsa loura', 'quarta de Cinzas antes do carnaval' e até o trash/cult 'one night(mare) in Paris' (quem acompanha o Youtube sabe do que estou falando... hehehe) foram fortes concorrentes até o último momento. Mas 'uma vida mais ordinária' resume melhor a questão. A notícia, como já se sabe, é que a Schincariol/Devassa lançou um produto novo no mercado, a Devassa Bem Loura. A campanha, segundo a Schin, deve consumir R$ 100 milhões, ou 10% do orçamento de publicidade da empresa em 2010, com direito a presença da socialite americana Paris Hilton, que também é atriz (cruzes) e cantora (chega, por favor) e veio ao carnaval do Rio de Janeiro para o lançamento da marca. (...)

EM TEMPO: Paris 'causou', como diriam os blogs de celebridades, no camarote da Devassa. De propósito ou não, a moça aparece em uma das fotos apoiando joelhos e mãos no chão – daqui do Limão, onde escrevo, parece pose de quem tenta se segurar no chão antes que ele rode de novo, mas creio ser muito longe para tirar conclusões. Começou bem (ou não)..."

Do insuspeito Estadão - parte 2/2: "O CERVEJEIRO QUE VIROU FILME" ( http://blogs.estadao.com.br/bob/o-cervejeiro-que-... )
"Ainda no embalo de ter apresentado a Canoinhense Nó de Pinho na palestra sobre cervejas em barris de madeira no Paladar do Brasil, soube que hoje, Rupprecht Loeffler, dono da cervejaria, vai virar filme. O Cine Queluz, na pequena Canoinhas (SC), vai exibit a pré-estreia de 'Cerveja Falada', de Demétrio Panarotto, Luiz Henrique Cudo e Guto Lima, sobre esse senhor de 93 anos, cuja família produz cerveja na cidade desde 1924 – o local, porém, é nascedouro da nobre bebida desde 1908. (...)

Como fã e defensor da cervejaria – cujas produções fazem muitos torcerem o nariz, pelo caráter acético e ácido -, devo dizer que o que é feito pelo 'seu' Loeffler e os assistentes na cervejaria é único no Brasil. Não só pela fábrica, com equipamentos de tempos imemoriais – alguns encontrados apenas no Museu da Cerveja, em Blumenau -, mas pelo ambiente em sim, com macacos e aves empalhadas e o famoso porco de duas cabeças em um pote de formol sobre a geladeira. Bem ou mal, isso é história e não se compra de uma tacada."


Eugenia · 12 semanas atrás

Droga é demência, alienação, afora degradação física e moral. Droga é do domínio de gente grande. Droga é crime organzado. Droga é colonização. Droga é domínio de grandes potências sobre os países que garantem água e alimento para os mais ricos( G-8). Está na nossa cara. Não há combate, há uma incenação. Isso tanto nas drogas lícitas e ilícitas. Não é culpa de Lula, mas de quem deixou ser implantado em nosso país. E Isso faz mais de 20 anos. Não é da noite pro dia que tudo isso terá um fim. A educação será um grande passo.






• Argentum nitricum paralisa seu processo de individuação/evolução. Preso ao futuro, não constrói sua trajetória no momento presente. Terá,por isso, a ilusão psórica de andar em círculos, descrita por Beckett, que traduz-se em linguagem repertorial como: ILUSÕES - VIRAR - ela - estava virando - círculo, em um
Desespera-se ao cruzar pontes, entrar de trem em um túnel ou passar por esquinas. No trajeto da vida, tudo o que representa possibilidades de novidades lhe causa medo. Tudo que implica o encontro com o tempo seguinte-o futuro.
É um medicamento similar a estados da vida vivenciados por indivíduos com medo da “velhice” e da “morte”. Há aqui um paralelismo com os Ritos de Passagem, descritos por Jung e autores Junguianos. Estes ritos, como o do envelhecimento equilibrado e harmônico reiteram a importância arquetípica do(a) Velho(a) Sábio(a),o qual abordaremos sucintamente a seguir.
Em relação à própria CASA INTERIOR:
• Angustiado, desesperado “sem razões concretas”, ensimesmado e fechado em si mesmo, Argentum nitricum sente-se esmagado pelas paredes de sua própria casa - elaboração projetada da Casa Interior? Lemos nos Repertórios:
“ILUSÕES - CASA - esmagá-lo, casas de cada lado iriam se aproximar e”;
- NUVENS - pesada e negra a envolveu;
-PAREDES - caindo, estão

ARGENTUM NITRICUM E A BUSCA DO VELHO SÁBIO COMO APOIO E RITO DE PASSAGEM:
Refletindo-se sobre o rito de passagem para esta fase da vida – a Terceira Idade-pensamos que fases de mudança, incluindo o processo do envelhecer, necessitam de mecanismos de adaptabilidade para que o equilíbrio psíquico não seja gravemente comprometido afundando o indivíduo em formas paralisantes de sofrimento e tristeza. Jung observa que o idoso quando apoiado em seu próprio mundo interior, pode buscar sua identidade neste novo momento da existência como um novo nascimento (in Memórias, Sonhos e Reflexões; in Cartas, volumes 1-3). Caso contrário, pode perder o sentido do ser. Esta atitude interior de respeito para consigo mesmo fortalece-nos para viver com mais leveza e alegria as dádivas do momento efêmero. A angústia impede Argentum nitricum de saborear “o Universo com silenciosa atenção e alegre reverência”(Steindl-Rast in a Listening Heart –the Spirituality of Sacred Sensuosness). Fixado na morte,Argentum nitircum não vivencia a existência. Necessita do encontro com seu Velho Sábio Interior, que segundo Jung, representa aquele que já experimentou todos os desafios humanos, enriquecendo-se através da experiência e não sendo derrotado (destruído) por ela. Trata-se de um rito de passagem, orientando sabiamente a psique individual ou coletiva. Segundo Hillman (in A Força do Caráter), da maneira como re-conhecemos e vivenciamos o envelhecimento depende nossa tristeza ou alegria ao avaliar o percurso existencial já elaborado, as construções edificadas e as possibilidades de esperanças construídas a cada novo passo - daí advirá a “força do caráter” de cada um.
Homeopaticamente, a identificação de indivíduos que necessitem Argentum nitricum como Simillimum ou Similar pode facilitar amplamente o encontro equilibrado com a passagem do tempo...



Aloe Vera contribui para a saúde e o bem-estar

Gabriel Miranda - Redação Saúde Plena

Aloe Vera é uma planta da família das Liliáceas que possuí inúmeras propriedades regeneradoras, curativas, umectantes, lubrificantes e nutritivas. Chamada de “a planta da saúde e beleza”, tem seu uso documentado desde a época do antigo Egito, com passagens na Bíblia e antigos documentos fenícios.
Estudos mostram que a Aloe é uma mistura heterogênea de mais de 200 componentes individuais, inclusive polissacarídeos, glicoproteínas, aminoácidos, enzimas, vitaminas e minerais que, em conjunto, irão exercer ação positiva no organismo.
Segundo publicação oficial da Organização Mundial da Saúde (WHO), a Aloe Vera é amplamente utilizada em tratamentos cutâneos externos, como irritações da pele, incluindo queimaduras de primeiro e segundo grau de origem térmica e, ou, radioativa, machucados e esfoliações. Além disso, a Aloe possui propriedades cosméticas como hidratante.
O gel de Aloe, às vezes, em combinação com outros ingredientes, reduz a inflamação em locais feridos, acelera a cicatrização, aumenta a duplicação e renovação celular e, quando corretamente aplicada, pode diminuir “manchas da pele e cicatrizes”. O gel de Aloe Vera tem também muita afinidade com a pele, possui uma capacidade de penetração superior e efetiva na pele íntegra.
Apoiadas por provas de laboratório e experiências químicas, renomadas instituições científicas mencionam as seguintes propriedades:
1- Inibidora da dor: seus princípios ativos têm uma notável capacidade de penetração até os planos mais profundos da pele, inibindo e bloqueando as fibras nervosas periféricas receptores da dor – interrompendo de modo reversível a condução dos impulsos. Além disso, reduz a dor por possuir uma poderosa força antiflamatória;
2 - Antiinflamatório: Aloe Vera tem uma ação similar a dos esferoides, como a cortisona, mas sem seus efeitos nocivos colaterais. Por isso é útil em problemas como bursites, artrites, golpes, mordidas de insetos, entre outros;
3 - Coagulante: por conter cálcio, potássio e celulose, Aloe Vera provoca nas lesões a formação de uma rede de fibras que seguem as plaquetas do sangue, ajudando na coagulação e cicatrização. O cálcio é parte do sistema nervoso; o potássio da atividade, modular; e a celulose, da coagulação;
4 - Queratolática: faz com que a pele danificada de lugar a um tecido de células novas;
5 - Antibiótica: a capacidade bacteriostática, bactericida e fungitastica (antiviral) elimina bactérias, inclusive Salmonela e Estafilococos – que causam infecções inibindo sua ação daninha;
6 - Regeneradora: a Aloe Vera possui um hormônio que acelera a formação e o crescimento de células novas. Graças ao cálcio que contém, elemento vital na osmose celular, ajuda as células manter seu frágil equilíbrio interno e externo;
7 - Energética e Nutritiva: uma das características de maior importância da Aloe Vera é que contem 19 aminoácidos essenciais, necessárias para a formação e estruturação das proteínas, que são a base das células e tecidos e também minerais, como fósforo, cobre, ferro, manganês, magnésio, potássio e sódio – todos elementos indispensáveis para o metabolismo e atividade celular;
8 - Contém Vitaminas: vitamina "A", excelente para a visão cabelo e pele; vitamina B1, B5, B6, B12, para o sistema nervoso central e periférico; e vitamina C, responsável pelo fortalecimento do sistema imunológico e pela tonicidade dos capilares do sistema cardiovascular e circulatório;
9 - Digestiva: a Aloe Vera contém grandes quantidades de enzimas necessárias para o processamento e aproveitamento dos carboidratos, gorduras e proteínas no organismo;
10 - Desintoxicante: contém ácido urônico, elemento que facilita a eliminação de toxinas em nível celular e, em nível geral, estimula a função hepática e renal, primordiais na desintoxicação do nosso organismo;
11 - Reidratante e Cicatrizante: penetra profundamente nas três camadas da pele – derme, epiderme e hipoderme – graças a presença de ligninas e polissacarídeos; restitui os líquidos perdidos, tanto naturalmente como por deficiências de equilíbrio ou danos externos, preparando os tecidos de dentro para fora nas queimaduras (sol e fogo), fissuras, cortes, ralados, esfolados, perda de tecidos, etc