terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Luana Piavani - um pouco mais desta gostosa






A musa Luana Piovani

Filme- A MÃE E A PUTA - 1973 - JEAN EUSTACHE

Vale a pena baixar e assistir.

Cabritolunatico

 

A MÃE E A PUTA - 1973 - JEAN EUSTACHE

A MÃE E A PUTA
1973
JEAN EUSTACHE


SINOPSE:
Um parisiense aparenta manter um relacionamento aberto ideal com sua namorada, mas acaba se apaixonado por uma enfermeira, que se orgulha de sua vida casual. Um triângulo amoroso se estabelece na tentativa de formar um ménage-a-trois. Poderoso filme do mestre Jean Eustache considerado por muitos uma das maiores obras primas do cinema moderno.








SOBRE:
210 minutos é o tempo requisitado por este petardo inigualável de Jean Eustache. São os mais longos e torturosos minutos jamais filmados, os mais sensíveis, subversivos e verdadeiramente avassaladores também. É fruto claro de toda a baderna em torno de Maio de 68, movimento estudantil e perda de perspectivas da juventude européia do início da década de 70, mas o que realmente fica pode muito bem ser assimilado se contextualizado com qualquer outro período histórico – especialmente os de maior desorientação, como hoje.

Pode-se buscar a grosso modo uma definição como filme de relacionamentos, assim sendo, um filme sobre o humano e sua clara imperfeição. A Mãe e a Puta tem início com Jean-Pierre Léaud, ator fetiche da nouvelle vague, sendo rejeitado por um affair. Seguimos a partir daí seus passos entre a vida com a colega de quarto – namorada de relacionamento aberto – e uma enfermeira que aos poucos começa a conhecer – num terceiro momento, temos a intersecção entre as duas vidas na inconscientemente consciente tentativa de um relacionamento a três.

É ao mesmo tempo o mais simples e calculado dos filmes. Cada movimento, gesto ou palavra parece ter sido devidamente filtrado por Eustache em busca da exatidão em seu super-controle de tempo e ação. Há um equilíbrio por vezes inacreditável na forma como cada momento – sem necessariamente representar uma ação – é coligado ao próximo, e assim mantém-se até a rigorosamente opaca mise en scéne implodir em um dos mais bem sustentados closes do Cinema – onde há também a ruptura de todas as idéias apresentadas até então sobre estereótipos trabalhados nas entrelinhas.

O resultado é tão devastador quanto a trabalhada idéia de solidão, vazio e necessidade. Eustache veicula cada movimento do filme como vertente à verbalização da idéia final – quão bom seria se todos soubessem decidir exatamente o que há a se dizer. E se, ao final de tudo, podemos ver uma grande ponta de esperança no subversivo momento derradeiro, há também uma espécie de fortificação da dúvida que se cria através da lembrança da enérgica e pragmática falta de sentido de tantos outros.

Trata-se, afinal, do humano. Por: Daniel Dalpizzolo

ELENCO:
Bernadette Lafont
Jean-Pierre Léaud
Françoise Lebrun
Isabelle Weingarten
Jacques Renard
Jean-Noël Picq

FICHA:

Título Original: La maman et la putain
País De Origem: França
Ano De Lançamento: 1973
Gênero: Drama
Duração: 3h 30Min
Idioma: Francês

DADOS DO ARQUIVO:

Qualidade: DVDRip
Formato: AVI
Tamanho: 1.5 GB
Legenda: Português/BR (Separadas)
Servidor: Megaupload

LINKS PARA DOWNLOAD:

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Postado por Cinecultclassic

A Constituição é letra morta?




Ninguém tem nada a ver com o que fazem pessoas maiores em sua intimidade, de forma consentida, se isso não envolve violência.
Niguém tem nada a ver com o direito de pessoas expressarem opinião ou criação artística, independente de se considerar de bom ou mau gosto.
Outra coisa, bem diferente, é utilizar-se de concessões do poder público, como são os canais de televisão, sobretudo os abertos, para promover, induzir e explorar, com objetivo de lucro, atentados à dignidade da pessoa humana.
Não cabe qualquer discussão de natureza moral sobre a índole e o comportamento dos participantes. Isso deve ser tratado na esfera penal e queira Deus que, 30 anos depois, já se tenha superado a visão que vimos, os mais velhos, acontecer em casos como o de Raul “Doca” Street, onde o comportamento da vítima e não o ato criminoso ocupava o centro das discussões.
O que está em jogo, aqui, é o uso de um meio público dedifusão, cujo uso é regido pela Constituição:

Art. 221. A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios:
I – preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas;(…)
IV – respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.

O que dois jovens, embriagados, possam ou não ter feito no “BBB” é infinitamente menos graves do que o fato de por razões empresariais, pessoas sóbrias e responsáveis pela administração de uma concessão pública fazem ali.
Não adianta dizer que um participante foi expulso por transgredir o regulamento do programa. Pois se o programa consiste em explorar a curiosidade pública sobre comportamentos-limite, então a transgressão destes limites é um risco assumido deliberadamente.
Assumido em razão de lucro pecuniário: só as cotas de patrocínio rendem à Globo mais de R$ 100 milhões. Com a exploração dos intervalos comerciais, pay-per-view, merchandising, este valor certamente se multiplica algumas vezes.
Será que um concessionário de linhas de ônibus teria o direito de criar “atrações” deste tipo aos passageiros, para lucrar?
Intependente da responsabilização daquele rapaz, que depende de prova, há algo evidente: a emissora assumiu o risco, ao promover a embriaguez, a exploração da sexualidade, o oferecimento de “quartos” para manifestação desta sexualidade, a atitude consciente de vulnerar seus participantes a atos não consentidos. É irrelevante a ausência de reação da jovem, ainda que não por embriaguez. Se a emissora provocou, por todos os meios e circunstâncias, a possibilidade de sexo não consentido, é dela a responsabilidade pelo que se passou, porque não adiante dizer que aquilo deveria parar “no limite da responsabilidade”.
Todos os que estão envolvidos, por farta remuneração, neste episódio – a começar pelo abjeto biógrafo de Roberto Marinho, que empresta o nome do jornalismo à mais vil exploração do ser humano – não podem fugir de suas responsabilidades.
Não basta que, num gesto de cinismo hipócrita, o sr. Pedro Bial venha dizer que o participante está eliminado por “infringir as regras do programa”. Se houve um delito, não é a Globo o tribunal que o julga. Não é uma transgressão contratual, é penal.
Que, além da responsabilização de seu autor, clama pela responsabilização de quem, deliberadamente, produziu todas as cirncunstâncias e meios para isso.
E que não venham a D. Judith Brito e a Abert falar em censura ou ataques à liberdade de expressão.
E depois não se reclame de que as demais emissoras façam o mesmo.
O cumprimento da Constituição é dever de todos os cidadãos e muito maior é o dever do Estado em zelar para que naquilo que é área pública concedida isso seja observado.
Do contrário, revoquemos a Constituição, as leis, a ideia de direito da mulher sobre seu corpo, das pessoas em geral quanto à sua intimidade e o conceito social de liberdade.
A Globo sentiu que está numa “fria” e vai fazer o que puder para reduzir o caso a um problema individual do rapaz e da moça envolvidos. Nem toca no assunto.
Tudo o que ela montou, induziu, provocou para lucrar não tem nada a ver com o episódio. Não é a custa de carícias íntimas, exposição física, exploração da sensualidade e favorecimento ao sexo público que ela ganha montanhas de dinheiro.
Como diz o “ministro” Pedro Bial ao emitir a “sentença” global ( veja o vídeo) : o espetáculo tem que continuar. E é o que acontecerá se nossas instituições se acovardarem diante das responsabilidades de quem promove o espetáculo.
Atirar só Daniel aos leões será o máximo da covardia para a inteligência e a justiça nestes país..