AVISO Todas as imagens, videos, piadas e textos que aparecem neste blog foram retiradas da internet em sites de domínio público. Exceto as imagens que foram enviadas por leitores. Caso haja algum dano aos autores ou detentores dos direitos autorais, peço que enviem um e-mail pedindo a remoção. Grato
sexta-feira, 23 de março de 2012
Semana Carlos Drummond de Andrade
A castidade com que abria as coxas -
Carlos Drummond de Andrade
A castidade com que abria as coxas
e reluzia a sua flora brava.
Na mansuetude das ovelhas mochas,
e tão estreita, como se alargava.
e reluzia a sua flora brava.
Na mansuetude das ovelhas mochas,
e tão estreita, como se alargava.
Ah, coito, coito, morte de tão vida,
sepultura na grama, sem dizeres.
Em minha ardente substância esvaída,
eu não era ninguém e era mil seres
em mim ressuscitados.
Era Adão,
primeiro gesto nu ante a primeira
negritude de corpo feminino.
Roupa e tempo jaziam pelo chão.
E nem restava mais o mundo, à beira
dessa moita orvalhada, nem destino.
Para o sexo a expirar
Para o sexo a expirar, eu me volto, expirante.
Raiz de minha vida, em ti me enredo e afundo.
Amor, amor, amor - o braseiro radiante
que me dá, pelo orgasmo, a explicação do mundo.
Raiz de minha vida, em ti me enredo e afundo.
Amor, amor, amor - o braseiro radiante
que me dá, pelo orgasmo, a explicação do mundo.
Assinar:
Postagens (Atom)