segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Carlos Drummond de Andrade

JOSÉ

Carlos Drummond de Andrade

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José ?
e agora, você ?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama protesta,
e agora, José ?
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José ?
E agora, José ?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio - e agora ?
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora ?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse…
Mas você não morre,
você é duro, José !
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José !
José, pra onde ?

Postado por Uma Música Por Dia às 08:48

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Este Blog Link daqui POR ONDE ANDO ...

Este Blog

Link daqui

.POR ONDE ANDO ...

.

Terça-feira, Fevereiro 8

A ViAGeM Da PaiXão...











Tenho os caprichos inerentes à natureza da mulher

abro a caixa de pandora que eu quiser

e lanço mão de todo mal e todo bem

avanço a passos largos

alcanço o ponto extremo e vou além

onde se estende a palpitação das células

e se prolongam feixes de neurônios

onde se nasce, morre ou se enlouquece

íntima de deuses e demônios.

Onde habitam as feras, os espíritos das florestas

onde se determina a primavera

e se marcam as nossas testas.

Onde se aprende a sabedoria do fogo

e todas as forças de atração

e se descobre o ponto que orienta

esse mapa de navegação.

Estrela solitária, asteróide desgarrado

luz que aponta o caminho

da viagem da paixão.





Bruna Lombardi

Postado por Helô Müller 10 comentários

Marcadores: " Só Bruna Lombardi "

Sábado, Janeiro 29

InFiniTo PaRTicuLaR...







" Só não se perca ao entrar

no meu infinito particular..."





Marisa Monte







Infinito Particular - Marisa Monte

Postado por Helô Müller 7 comentários

Marcadores: " Músicas para serem ouvidas "

Quinta-feira, Janeiro 27

ALém Da CoNTa...











Absolutamente não nasci para ser uma mocinha comportada, sequer acho graça nisso!

A mesmice das coisas me causa tédio e a vida de pernas pro ar me parece bem mais emocionante.

Não tenho paciência para ser sempre a mesma pessoa: a mutação faz parte do meu DNA.

Burlo as regras com a facilidade dos que anseiam por uma vida mais intensa!

Em mim não comportam poucas coisas, pois não acho graça em nada que seja mais ou menos.

Tenho ânsia em viver intensamente, em causar furor, em provocar tsunamis.

Não limito meus pensamentos e vôo com eles nas mais impróprias fantasias.

Na minha vida, quero carnaval todos os dias!

Alimento minha gula de viver, vivendo...

Há dias em que me desconhecerás e nem eu mesma saberei de mim...

E são nestes meus desencontros que me encontrarei em fuga.

Nada que não haja possibilidade de resgate, de retorno.

É apenas uma pausa em busca de uma possibilidade de se viver ainda mais além da conta!







Mell Glitter

Postado por Helô Müller 2 comentários

Marcadores: " Só Mell Glitter "

Terça-feira, Janeiro 25

CoiSaS De PeLE...











Pele que chama, que clama,

que convida ao toque...

Pele que em louco desvarios

se faz nua,

se faz amante

Trêmula

Louca

Arrepia em um constante

querer... desejar...

Entre afagos e sussurros

espera ofegante

o toque de outra pele

Um benfazejo

e delicioso tocar

Pele que vibra para o momento

tão esperado do contato,

do sublimar...

Pele ávida em amor a desabrochar!





Maria Bonfá



Postado por Helô Müller 2 comentários

Marcadores: " Só Maria Bonfá "

Domingo, Janeiro 16

CaDa VeZ MaiS...









Quanto mais se envelhece, mais se gosta de indecência.





Virginia Woolf

Postado por Helô Müller 16 comentários

Marcadores: " Postagens Diversas "

Terça-feira, Janeiro 11

Eu Só QueRo Um XoDó...









Eu quero poesia, sentimentos e beijos no pescoço.

Será que é pedir muito?





Fernanda Mello





Gilberto Gil - Eu Só Quero um Xodó

Postado por Helô Müller 11 comentários

Marcadores: " Só Fernanda Mello "

Sexta-feira, Janeiro 7

DeSConTroLe...











Teu corpo de gostosa anatomia,

harpa onde arranco arpejos,

sons distorcidos,

ávidos tons,

é matéria de pura agonia,

explosão de carícias,

beijos,

mina nectar saboroso,

tão bom,

larga resquícios,

vestígios de noite

de íntimo festim,

marcas, arranhões,

indícios de prazer indizível,

sem fim...





Gustavo Drummond

Postado por Helô Müller 9 comentários

Marcadores: " Só Gustavo Drummond "

Terça-feira, Janeiro 4

QueRo VeR O CirCo PeGaR FoGO!!









Quero o circo todo a que tenho direito:

Sedução, fantasia, tempo.

Quero um romance longo, quero intimidade!

Fazer cena de ciúme, terminar, voltar, amar, brigar de novo, telefonar, pedir desculpas, retornar...

Amantes bem comportadas são um tédio!







Martha Medeiros

Postado por Helô Müller 10 comentários

Marcadores: " Só Martha Medeiros "

Terça-feira, Dezembro 28

ImPoSSíveL SeR FeLiZ SoZinhO...











AMoR: 1001 UTILIDaDeS





Amor é bom para tosse,

tédio,

trauma,

remédio para soluço;

solução para o pulso;

acalma,

regenera,

lava a alma,

revigora,

angústia de espera,

cora,

rejuvenesce a cara,

evita acnes,

acáros,

gases,

para espirro,

engorda os lábios;

cura fobias,

fibrose,

manias,

fimose,

cismas,

temores,

tremores,

insônia,

pesadelo,

preconceito,

cabelos,

TPM

e etc...





Gustavo Drummond





João Gilberto - Wave

Postado por Helô Müller 21 comentários

Marcadores: " Só Gustavo Drummond "

Segunda-feira, Dezembro 27

FoMe De DeSEJo...



.





(...) Eu me masturbo frequentemente, com luxúria, sem remorso ou repugnância. Pela primeira vez eu sei o que é comer. Ganhei dois quilos. Fico desesperadamente faminta, e a comida que como me dá um prazer duradouro. Nunca comi desta maneira profunda e carnal. Só tenho três desejos agora: comer, dormir e foder. Os cabarés me excitam. Quero ouvir música rouca, ver rostos, roçar-me em corpos, beber um Benedictine ardente. Belas mulheres e homens atraentes provocam desejos em mim. Quero dançar. Quero drogas. Quero conhecer pessoas perversas, ser íntima delas. Nunca olho para rostos inocentes. Quero morder a vida e ser despedaçada por ela. Henry não me dá tudo isso. Eu despertei o seu amor. Maldito seja o seu amor. Ele sabe foder como ninguém, mas eu quero mais que isso.



Eu vou para o inferno, para o inferno, para o inferno.



Selvagem, selvagem, selvagem.







Anais Nin

Postado por Helô Müller 4 comentários

Marcadores: " Só Anais Nin "

Domingo, Dezembro 26

Eu JuRo!









Queria entender qual é o mecanismo orgânico que é acionado no meu corpo cada vez que ouço teu nome.

Nada provoca a mesma reação.

É uma combinação de estado permanente de torcida do flamengo ao cubo, fome de 3 dias, descompressão a 10.000 pés de altitude, pular de bang-jump, foz de adrenalina do Iguaçu, boca seca, lábios frios, mãos geladas, pés deslizantes de suor, pernas trêmulas e um oco no estômago.



Se ainda sinto alguma coisa por ti?

Que pergunta!...



Claro, indiferença!





Ticcia

Postado por Helô Müller 2 comentários

Marcadores: " Só Ticcia "

Postagens mais antigas Início Assinar: Postagens (Atom) UM POUCO DE MIM ...

Se quiserem me conhecer só um "cadinho ", basta lerem o que escrevo !

Acessem os seguintes links : ( aqui mesmo no Blog! )



" Meus escritos"



" H'elocubrações sobre a vida"



" Meus escritos eróticos"



" By Helô "



" Singela homenagem a minha mãe que se foi... "



"Ao meu pai que também se foi..."











Recomendo que visitem o site "Revista de Poesias" do poeta Antonio Poeta, onde poderão ler além dos meus escritos, belíssimas poesias dos mais diversos e renomados Poetas!







\http://www.revista-de-poesias.blogspot.com/











ENJOY !!

























... no fim de tudo ficamos todos nós sozinhos, nascemos assim e morremos assim, mas de vez em quando, em raros momentos, damos e recebemos abraços, alguns infinitamente inesquecíveis ...



Luiz Carlos Pires

NOVO TRADUTOR:

Translate



Quem sou eu



Helô Müller

Rio de Janeiro, RJ, Brazil

Sou uma ariana avessa à mentira e adepta da verdade "Nua e Crua", doa a quem doer! Cultuo a beleza em todas as suas formas e viajo pelo mundo das Poesias e dos Astros com imenso prazer! Sonhadora, romântica, ingênua, impulsiva e extremamente sensível - ainda que escondida sob uma "carcaça defensiva" - que, com certeza, causa espanto aos que conseguem ir além! Por vezes inábil no falar, pela urgência "ariana" em me fazer entender! Já com a escrita, reina "a paz" entre as emoções e as idéias - assim penso eu!!! rs Convido a todos para que venham comigo em busca das palavras "nuas e cruas" aqui escritas, e, com direito a uma paradinha pra seguirmos, juntos, rumo aos astros, no meu outro Blog "No Rastro dos Astros" ... Helô Müller

Visualizar meu perfil completo

VISITEM MEU BLOG DE ASTROLOGIA !



Clique na imagem



By Américo Mattos













Marcadores

" Ao meu pai que se foi... " " By Helô " " Cenas famosas do cinema " " Fragmentos de Américo" " H'elocubrações sobre a vida " ... " Meus escritos " " Meus escritos eróticos " " Músicas para serem ouvidas " " Postagens Diversas " " Recanto de Poetas diversos " " Singela homenagem a minha mãe que se foi... " " Sophi para os íntimos " " Só Adélia Prado" " Só C. Alex Fagundes " " Só Ginna Gaiotti " " Só Maria Bonfá " " Só Neruda " " Só Sílvia Schmidt" " Só Van Albuquerque " " Só Álix Amanda " " Só Ademir A. Bacca" " Só Adriano Húngaro " " Só Afonso R. Sant'Anna" " Só Alice Ruiz " " Só Anais Nin " " Só Antonio Poeta " " Só Arnaldo Jabor " " Só Artur da Távola " " Só Bruna Lombardi " " Só Caio Fernando Abreu " " Só Carlos Seabra" " Só Carolina Salcides " " Só Cecília Meireles " " Só Chico Buarque " " Só Cida Luz " " Só Clarice Lispector " " Só Cora Coralina" " só Cáh Morandi " " Só Danuza Leão" " Só Denizis Trindade " " Só Drummond " " Só Erikah Azzevedo " " Só Fabrício Carpinejar" " Só Fernanda Mello " " Só Fernando Pessoa " " Só Florbela " " Só Flávia Perez " " Só Friedrich Nietzsche " " Só Fátima Irene Pinto" " Só Gabriele Fidalgo" " Só Gina Gaiotti " " Só Glória Müller " " Só Gustavo A. Bécquer " " Só Gustavo Drummond " " Só Helena Kluiser " " Só Helena Lins " " Só Hilda Hist " " Só Irene Cordeiro Pereira" " Só Joe Luigi " " Só Karla Bardanza " " Só Lavínia Saad " " Só Leila Mícollis " " Só Lilian Maial " " Só Lou Salomé " " Só Luiz Carlos Pires" " Só Machado de Assis " " Só Magnus " " Só Maite Proença " " Só Manuel Bandeira " " Só Manuela Amaral " " Só Many Pallo " " Só Maria Hilda de J. Alao " " Só Mario Lago " " Só Martha Medeiros " " Só Marília Gabriela" " Só Maxuel Scorpiano" " Só Mell Glitter " " Só Miguel de Cervantes " " Só MIllor Fernandes " " Só MIllôr Fernandes " " Só Mony Mello " " Só Márcia Maia " " Só Mário Quintana " " Só Nadya Haua" " Só Nelson Rodrigues " " Só Oscar Wilde " " Só Patty Vicensotti " " Só Paty Padilha " " Só Paulo Leminsky " " Só Piero Valmart " " Só Renata Mangeon " " Só Ricardo Shummy " " Só Shakespeare " " Só Sirlei Passolongo " " Só Tati Bernardi " " Só Tchello D'Barros " " Só textos engraçados" " Só Ticcia " " Só Val Bonfim " " Só Valdelice Pinheiro " " Só Valquíria Cordeiro" " Só Veríssimo " " Só Vinícius " " Só Walter Montani " " Tania Lemke " "Os 10 stripteases mais famosos do cinema" "Só Luiz Carlos Veríssimo" "Só Vera Helena"

Mais ZoomMenos Zoom

A PARTIR DE 31/mar/09

Contador

Este blog possui atualmente:

4170 Comentários em 560 Artigos!

Widget UsuárioCompulsivo

QUE TAL UM RECADINHO ?

Seguidores

Arquivo do blog

Arquivo do blog 02/06 - 02/13 (1) 01/23 - 01/30 (3) 01/16 - 01/23 (1) 01/09 - 01/16 (1) 01/02 - 01/09 (2) 12/26 - 01/02 (3) 12/12 - 12/19 (2) 12/05 - 12/12 (2) 11/28 - 12/05 (4) 11/21 - 11/28 (2) 11/14 - 11/21 (1) 11/07 - 11/14 (5) 10/31 - 11/07 (3) 10/24 - 10/31 (6) 10/17 - 10/24 (6) 10/10 - 10/17 (2) 10/03 - 10/10 (2) 09/26 - 10/03 (3) 09/19 - 09/26 (1) 09/12 - 09/19 (3) 09/05 - 09/12 (1) 08/29 - 09/05 (3) 08/22 - 08/29 (2) 08/15 - 08/22 (3) 08/08 - 08/15 (4) 08/01 - 08/08 (6) 07/25 - 08/01 (4) 07/18 - 07/25 (3) 07/11 - 07/18 (2) 07/04 - 07/11 (5) 06/27 - 07/04 (6) 06/20 - 06/27 (2) 06/13 - 06/20 (5) 06/06 - 06/13 (4) 05/30 - 06/06 (6) 05/23 - 05/30 (5) 05/16 - 05/23 (3) 05/09 - 05/16 (2) 05/02 - 05/09 (3) 04/25 - 05/02 (4) 04/18 - 04/25 (8) 04/11 - 04/18 (5) 04/04 - 04/11 (3) 03/28 - 04/04 (4) 03/21 - 03/28 (2) 03/14 - 03/21 (5) 03/07 - 03/14 (5) 02/28 - 03/07 (6) 02/21 - 02/28 (5) 02/14 - 02/21 (5) 02/07 - 02/14 (7) 01/31 - 02/07 (4) 01/24 - 01/31 (5) 01/17 - 01/24 (5) 01/10 - 01/17 (3) 01/03 - 01/10 (2) 12/27 - 01/03 (1) 12/20 - 12/27 (3) 12/13 - 12/20 (4) 12/06 - 12/13 (3) 11/22 - 11/29 (4) 11/15 - 11/22 (6) 11/08 - 11/15 (3) 11/01 - 11/08 (5) 10/25 - 11/01 (7) 10/18 - 10/25 (5) 10/11 - 10/18 (4) 10/04 - 10/11 (7) 09/27 - 10/04 (4) 09/20 - 09/27 (6) 09/13 - 09/20 (6) 09/06 - 09/13 (5) 08/30 - 09/06 (4) 08/23 - 08/30 (9) 08/16 - 08/23 (7) 08/09 - 08/16 (5) 08/02 - 08/09 (4) 07/26 - 08/02 (8) 07/19 - 07/26 (11) 07/12 - 07/19 (8) 07/05 - 07/12 (6) 06/28 - 07/05 (9) 06/21 - 06/28 (12) 06/14 - 06/21 (9) 06/07 - 06/14 (7) 05/31 - 06/07 (11) 05/24 - 05/31 (10) 05/17 - 05/24 (13) 05/10 - 05/17 (7) 05/03 - 05/10 (7) 04/26 - 05/03 (9) 04/19 - 04/26 (9) 04/12 - 04/19 (12) 04/05 - 04/12 (11) 03/29 - 04/05 (25) 03/22 - 03/29 (21) 03/15 - 03/22 (36) 03/08 - 03/15 (17)

Pesquisar este blog



powered by

Meu coração está em tudo o que faço!





POR ONDE ANDO ...

SeximaginariuM

ENTREVISTA COM PD - PEQUENOS DELITOS

16 horas atrás Andando e divagando

Navegar

19 horas atrás Entre a Razão e a Emoção

A espera…

1 dia atrás wcastanheira

Tirinhas de Quintana...Nesta Quarta feira

1 dia atrás Arte & Emoções

Doar.

1 dia atrás Joe Luigi Poemas

Arquivos meus

2 dias atrás ► As incongruências da vida ◄

Ponto G na orelha

2 dias atrás Sonífera Ilha

Como utilizar o TwitterFeed

2 dias atrás Penso, logo...surto!

ME ASSUSTO COM AMORES ANIMAIS

2 dias atrás Volúveis.Voláteis

meus poemas no blo de Diego El Khouri

3 dias atrás Morcegos

Domingo!

3 dias atrás Venenos, peçonhas e outras gentilezas

ÍNTEGROS

4 dias atrás Masters of the Sex

1 ano de Master Sex!!!

4 dias atrás ...::: PÉS y SAPATOS :::..

"Uma ponte longe de mais"

5 dias atrás meus instantes meus momentos

inimaginavel...

5 dias atrás sem pausa

Mudei

5 dias atrás ........RM NO VERBO

Tutankamon vai voltar! Prepare-se! (By Maristela)

5 dias atrás Pensamentos Indiscretos

Fúria...

6 dias atrás Ricardo Soares

ROBINSON CRUSOÉ, O VERDADEIRO,finalmente...

1 semana atrás Américo do Sul

Sem palavras...

1 semana atrás ...Simplesmente Ser...

Momento de Reflexão

1 semana atrás Palavras...apenas momentos

Sinal de vida + segundo aniversário do blog + post mais popular

2 semanas atrás "Surtos e Frutos"

Alquimi(c)a...

2 semanas atrás Conflitos de Confissões

Pétalas de vida..

5 semanas atrás PlanoGeral-MarcosRocha

E o Sérgio "Oporturista" (*) Cabral Filho, mais uma vez, está no exterior, irresponsavelmente, na época em que todos sabem que tragédias acontecem...

5 semanas atrás Alejandro e Elena de La Vega 5 semanas atrás

Sentimentos Amanhecência 1 mês atrás

LUXURIA Luxuria para 2011 1 mês atrás

Íntimo e Poético Casei!!!! 1 mês atrás

Imagens e Poemas - Mônica Rennée Fátima Guedes - Cara a Máscara 3 meses atrás

Essencialmente Palavras... Começando a despertar.. 6 meses atrás

diarioaestibordo Deveras... Uma vera gata... Versículo XI 6 meses atrás

Van Albuquerque Ewige Wiederkunft 10 meses atrás

PALAVRAS DO CORA��O - UOL Blog

Mostrar 25 Mostrar todos

Poema ao acaso



Poema

Mário Cesariny



Em todas as ruas te encontro

em todas as ruas te perco

conheço tão bem o teu corpo

sonhei tanto a tua figura

que é de olhos fechados que eu ando

a limitar a tua altura

e bebo a água e sorvo o ar

que te atravessou a cintura

tanto tão perto tão real

que o meu corpo se transfigura

e toca o seu próprio elemento

num corpo que já não é seu

num rio que desapareceu

onde um braço teu me procura



Em todas as ruas te encontro

em todas as ruas te perco
Helô

O Homem sabia das coisas ....

A vida é como jogar uma bola na parede.

Se for jogada uma bola azul, ela voltará azul;

Se for jogada uma bola verde, ela voltará verde;

Se a bola for jogada fraca, ela voltará fraca;

Se a bola for jogada com força, ela voltará com força.

Por isso, nunca "jogue uma bola na vida”, de forma que você não esteja pronto a recebê-la. A vida não dá nem empresta; não se comove nem se apieda. Tudo quanto ela faz é retribuir e transferir aquilo que nós lhe oferecemos.

*Albert Eistein*
Retirado do Blog Helenuacrua

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Delicia

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

TEsão




















Daime com Glauco Villas-Boas

VICELAND HOJE
O dia em que tomei Daime com Glauco
Nunca fui do tipo religioso. Tenho alergia a incenso, prefiro Xava à Shiva, e soco a cara do primeiro sacana que vier mexer no meu terceiro olho. Do catolicismo só curto o vinho e os pecados; dos evangélicos, as belas histórias sobre a maestria das crentes em usar o sexo anal para preservar a virgindade. Mas ali estava eu, municiado com todo o meu arsenal de descrenças e ironias, pronto para passar a noite bailando e bebendo Santo Daime no alto do Pico do Jaraguá, em São Paulo, na comunidade Céu de Maria, presidida pelo cartunista Glauco Villas Boas.
A cerimônia daquela noite prometia ser “um trabalho forte”, comentavam daimistas circulando em suas roupas brancas. Era Dia de Finados, 2 de novembro de 1998, e as energias dos mortos corriam soltas pela mata atlântica.
Eu era então um estudante do terceiro ano de jornalismo (naquele tempo era preciso ter diploma para ser jornalista), carregando na cara as últimas espinhas de uma adolescência inconclusa e a barbicha rala de uma vida adulta mal começada. Subi o Jaraguá para ajudar uma colega de facul que preparava uma matéria sobre o Daime para uma “revista para jovens” chamada “Putz”. Na mochila, levava uma das preciosidades da minha coleção de gibis, o primeiro número da revista “Geraldão”, de 1987, para ser autografada por Glauco. Era dessa revista a história em que Geraldão chegava mais perto de foder com a própria mãe, enquanto embebedava a véia e dizia coisas românticas como “mãe, lembra o tempo em que eu mamava nesse peitão? era do caralho, né?”.
Eu adorava o humor sacana dessas histórias. Difícil acreditar que o criador de personagens como Doy Jorge ou Dona Marta pudesse ser o sacerdote de alguma religião. E era: ali no Céu de Maria ele se tornara o Padrinho Glauco. Comandava os trabalhos religiosos e compusera dezenas de hinos que eram cantados durante as cerimônias, com letras e melodias recebidas diretamente do mundo espiritual. Na capa deste hinário, batizado Chaveirinho, um velho barbudo segurava uma chave gigante naquele inconfundível traço falsamente tosco de Glauco, que eu acostumara a ver ilustrando pintos de bimbolovers e peitos caídos de secretárias ninfomaníacas.
Não havia contradição entre Glauquito e o padrinho Glauco: o que ele fazia nos quadrinhos era uma “sátira”, ele explicou. “O Geraldão, por exemplo, é uma sátira àquele cara alienado”, disse. Contou que foi muito zoado por Angeli e Laerte, parceiros de bandalheiras que não compartilhavam do seu interesse religioso. “O Laerte foi do Partido Comunista e o Angeli sempre foi de esquerda, então eles têm aquela visão negativa da religião”, comentou. A zoeira diminuiu quando os amigos perceberam como o Daime havia feito bem para Glauco: “Eles viram como eu mudei”. Ainda que Laertón e Angel Villa não tivessem se animado a bailar vestidos de branco com o chá de plantas amazônicas rodopiando na cabeça, aprenderam a respeitar a decisão do amigo.
“Você gosta do Geraldão? Então hoje você vai conhecer o Miraldão”, Glauco sorriu. Era uma referência à “miração”, momento mágico do culto daimista em que o bebedor do chá abre as portas da sua percepção e dá de cara com Deus, a Verdade, o Eu Superior ou qualquer outro conceito grandioso de caixa alta. O grande nariz e o jeito doce, tranquilo, de um cara que parecia ter encontrado a paz, são os traços que ficaram de Glauco na minha lembrança daquele dia.
Quando assumia o comando dos trabalhos do Daime, Glauco deixava a doçura de lado e se tornava o sacerdote severo, orientando a multidão e tocando acordeom. Dava para ver que levava a religião muito a sério. Talvez isso explique porque o humor de Glauco dos últimos anos tenha se limitado a seguir a trilha aberta nas décadas anteriores, enquanto Angeli se renovou (virando a charge política do avesso, por exemplo) e Laerte levou às tiras onde nenhum cartunista jamais esteve. É como se Glauco não precisasse do humor para fazer grandes questionamentos ou mergulhar em incursões filosóficas. Como já havia encontrado todas as respostas na religião, Glauco continuou a usar os quadrinhos para zoar — do jeito mais irresponsável, descompromissado e engraçado possível.
Eu não estava a fim de tomar o Daime. Embora cético, sempre fui curioso: já havia tomado o tal chá em outras duas ocasiões, acompanhando os colegas ripongas da faculdade. Nas duas vezes, experimentei uma leve brisa e alguma vontade de vomitar. Nada de mais. Assim que cheguei ao Céu de Maria, cheguei a dizer ao Glauco que havia comido carne, para ver se ele me autorizava a assistir à cerimônia sem beber o chá. É que a carne é duplamente proibida antes da cerimônia: recomenda-se três dias sem comer carne nem fazer sexo antes de uma cerimônia (por sorte, permanecer em abstinência sexual não era exatamente uma dificuldade para mim naqueles dias). Mas Glauco perdoou meu pecado carnal e me deixou claro que eu deveria beber o chá para fazer a reportagem. O Daime não admite voyeurs. Quer assistir? Beba. Preenchi um formulário no qual declarava não tomar remédios controlados nem possuir problemas mentais, paguei uma taxa (acho que hoje seria o equivalente a R$ 50) pelo chá e me preparei para a cerimônia da noite.
Enquanto esperava, fiquei conversando com os frequentadores do Céu de Maria. Percebi que se reuniam em torno chá pessoas com caminhos e crenças bem diferentes. Havia de tudo: um militar buscando na bebida algum tipo de equilíbrio interior, atores procurando uma compreensão da vida e do humano que aprimorasse sua arte, um umbandista que relacionava as visões das sessões de Daime com as divindades que incorporava no terreiro…
Caía a noite. A cerimônia começou. O bailado ocorria em uma grande tenda, reunindo umas duzentas pessoas. Os “fardados”, fiéis uniformizados que compõem uma espécie de clero do Daime, tocavam a música e puxavam os hinos. Todos vestiam branco: mulheres de um lado, homens de outro. Masculino e feminino, Yin e Yang, essas coisas. Em pé, o livrinho dos hinos nas mãos, dançávamos discretamente. Passinho para lá, passinho para cá. Os hinos me lembravam os cantos das missas católicas que me torturavam durante a infância e muito me incentivaram na minha opção pelo ateísmo. Hora de tomar o chá: como numa eucaristia, fizemos fila para receber as doses de uma bebida avermelhada, muito forte e amarga, um milk-shake de jiló. De volta ao meu lugar. Passinho para lá, passinho para cá. Música ruim, taxa de consumação elevada, dancinhas malas, mulheres só do outro lado do salão… que mico de programa, eu pensava.
Melhorou um pouco no primeiro intervalo do bailado, quando acompanhei um grupo de caras da minha idade que saiu para fumar maconha num mato próximo. Não era exatamente uma escapadinha. Segundo eles, estavam “complementando o ritual”: após receberem o Daime, que era o Princípio Masculino, o Pai, precisavam fazer o casamento com o Princípio Feminino, a Mãe, que eles chamavam de “Santa Maria” — prima de Mary Jane, irmã de Marijuana. O uso da maconha é um assunto sobre o qual ninguém dos cultos ligados à ayahuasca gosta de falar. Quando perguntei a Glauco sobre a Santa Maria Joana, ele desconversou. Pelo que li e ouvi sobre o tema, a Santa Maria parece ter tido um papel importante nos primórdios das religiões ayahuasqueiras, mas os maconheiros foram sendo cada vez mais marginalizados à medida que os cultos caminhavam na direção da respeitabilidade e da aprovação pelo Conselho Nacional Antidrogas.
Não sei se por causa da influência ou não da Santa Maria, minha experiência com o Daime naquela noite foi bem diferente das anteriores. De volta à tenda, já havia tomado a segunda dose do chá quando percebi que a minha mente ia me levando para algum lugar. Beleza, pensei. Vamos lá, enfim um pouco de ação. Me mostre o que você tem, Daime.
Bang! No segundo seguinte, todas as minhas ironias e descrenças jaziam despedaçadas pelo chão.
Não tive alucinações. Pelo menos, não alucinações “visuais”. Ao contrário das mirações de alguns daimistas, que descrevem verdadeiros longa-metragens com enredos, situações e situações de dar inveja a James Cameron, minha viagem não foi de visões, mas de sensações e idéias. Era como se eu tivesse passado a vida até aquele momento numa realidade em duas dimensões e, de uma hora para outra, percebesse a existência de um mundo em 3D. Como se eu pressentisse a tal realidade oculta sob a pele do mundo. O acorrentado da caverna de Platão enxergando o mundo além das sombras. Neo despertando pela primeira vez fora da Matrix. Fiquei apavorado. Eu não queria tomar conhecimento de outras realidades. Enquanto bailava, passinho para lá, passinho para cá, minha mente gritava: para, para. Me lembrei de um poema do Álvaro de Campos, da sua reação quando se via diante da oportunidade de conhecer “a razão de haver tudo”: “Não, não, isso não! / Tudo menos saber o que é o Mistério! / Superfícies do Universo, ó Pálpebras Descidas, / Não vos ergai nunca! / O Olhar da Verdade Final não deve poder suportar-se!”.
Depois piorou. A tal miração me levou para dentro de mim. Eu percebia a minha personalidade como uma construção de Lego facilmente desmontável. E que foi se desmontando, seus pedaços se espalhando pelo universo desconhecido. Tive a noção de que poderia me reconstruir e voltar dali como uma pessoa totalmente diferente. Ok, pessoas que me odeiam, vocês vão dizer que perdi uma excelente oportunidade. Mas a verdade é que tudo o que mais prezo é a minha identidade, as minhas idéias bestas, minhas perversões e meu jeito tosco de ver o mundo, e eu não queria perder aquilo. Na minha cabeça, eu saía catando cada um dos pedacinhos que me faziam como era e tratava de me remontar exatamente igual ao que era antes.
Depois, veio a paz. Eu não me sentia drogado. Pelo contrário: parecia ser um momento de extrema lucidez, como se meu cérebro fosse um disco rígido com 128 MB de memória RAM que por algumas horas ganhasse um upgrade para 4 GB. Procurei usar essa expansão temporária para raciocinar sobre minha vidinha inútil e consegui extrair daí algumas idéias interessantes, que realmente me seriam úteis depois disso. Ao mesmo tempo, voltei deste mergulho com uma certeza: muito bom saber da existência de um mundo além dos sentidos, mas onde eu continuarei a viver de verdade é neste prosaico mundinho fedido onde trepo e respiro. O outro mundo que fique para outra vida, se houver.
“Entrei Dana Scully e saí Fox Mulder”, escrevi na minha matéria sobre a sessão, que no final das contas acabou nem sendo publicada (a própria revista fechou pouco tempo depois). Eu falava dos personagens de “Arquivo X”, que era uma espécie de “Lost” dos anos 90 (mais uma prova de que os anos 90 foram mesmo uma merda). Acho que a experiência no Céu de Maria me tornou menos cético, mas continuo ranheta. Outras realidades e outros seres, tudo bem, mas ainda não engulo a noção de um Deus. Não gosto de chefes e autoridades, por que gostaria de ver um Ditador Supremo, com cargo não apenas vitalício como eterno, comandando o universo até o fim dos tempos?
Mirações e revelações à parte, chegou uma hora em que comecei a achar a cerimônia insuportável. O padrinho Glauco era incansável: o sol já ia alto quando ele resolveu encerrar a cerimônia, após mais de 12 horas de bailado. Totalmente bodeado, eu só queria saber de me sentar na cadeira e dormir, mas toda hora um fardado me acordava para me obrigar a voltar ao bailado, pois se dormisse eu iria “perturbar as energias do grupo”. Eu não servia mesmo para aquilo: sou um individualista filho da puta e indisciplinado, não estava nem aí para as energias do grupo. É isso aí: o Daime não tem nada a ver com um bando de drogados que se reúne para curtir uma brisa. As pessoas levam aquilo a sério. É uma religião de verdade, tão boa ou ruim quanto qualquer outra.
E talvez até um pouco melhor do que a maioria. No único dia que passei no Céu de Maria, conversei com antigos meninos de rua que conseguiram se livrar do crack com a ajuda do próprio Glauco — e do Daime. Aquilo me impressionou. Eram caras espertos e bem falantes, nada a ver com os zumbis da Cracolândia. Não me pareceu de modo algum que trocar crack por Daime fosse apenas trocar uma droga por outra.
Não creio que o Daime seja para todos. Difícil saber o que uma miração possa provocar numa mente perturbada. Mas guardei uma boa lembrança do Céu de Maria e fiquei convencido de que Glauco realmente ajudava pessoas com o chá. Depois que ele e seu filho Raoni foram assassinados, tenho visto aqui e ali, em sites e programas de TV, algumas tentativas de responsabilizar o Daime pelo crime, transformando as vítimas em culpadas pelas próprias mortes. Cara, isso me emputece. Me deixa triste. Quando vejo isso, penso em Deus. Continuo a não acreditar nele. Mas, se o Grande Cara existe, onde quer que esteja, Ele é que já não deve estar mais acreditando em nós.
Fala para ele, Glauco. A gente não é tão ruim assim. Mostra aquela história do Geraldão. Ele vai rir. E talvez desista de nos detonar em um segundo Dilúvio.
FAUSTO SALVADORI
http://www.botecosujo.com/

Sobre a Morte e o Morrer

Sobre a Morte e o Morrer

Um dia todos morreremos...
"Cada instante da vida é um passo para a morte"
Corneille , Pierre

Lembro que quanto eu era adolescente, um dos livros que mais me fascinou foi a "Divina Comédia". Apesar de ter sido escrito, obviamente, com uma visão cristã bem medieval - acredita-se que por volta de 1307 - a 'hierarquização' do céu, inferno e purgatório usada por Dante Alighieri parece ter um paralelo com a cosmogonia budista. Mas lembro que fiquei chocado por encontrar os grandes pensadores gregos no limbo, pelo simples fato de eles não terem escolhido Cristo como salvador. Isso mostra bem o pensamento cristão na Idade Média. O pobrezinho do Homero estava no limbo. E eu pesava: mas o cara era do século 9 ou 8 antes de Cristo, como ele poderia tê-lo escolhido?" Pode parecer uma besteira, mas fiquei muito preocupado com isso. Eu não era batizado na igreja católica, portanto um pagão. E como pagão, iria passar a eternidade ouvindo a Ilíada!
Não existe nenhuma pessoa no planeta que não tenha passado pela experiência da perda de um ente querido. É uma experiência profundamente dolorosa, mesmo quando a pessoa está adoecida há tempos e a morte é “esperada” porque já se tentou de tudo ou porque seja portadora de uma patologia fatal. Ainda assim, a morte nunca é esperada, ou melhor, é, porém, com esperanças de que seja postergada ou até, que aconteça uma espécie de milagre e evite o ciclo natural evidente no fato.
Há uma historinha do budismo que ensina a inevitabilidade da morte.
“Uma mulher cujo filho pequeno acabara de morrer corria pelas ruas desesperada, implorando a todos um remédio mágico que restituísse a vida de seu filho”.
Alguém então lhe disse para pedir a Buda.
Ela subiu a montanha até ele e implorou a vida de seu filho. Buda respondeu: Vá até a cidade e traz-me um grão de mostarda de uma casa onde não tenha morrido ninguém. Ela desceu a montanha, e correu pelas casas da cidade, sem encontrar uma única casa onde ninguém tivesse morrido.
Assim ela entendeu que morrer fazia parte da vida, por mais que Buda ressuscitasse o filho dela um dia ele morreria de novo, pois a morte e vida não são contrarias, são irmãs, então ela voltou até Buda mais reconfortada e ouviu dele a verdade:
"No mundo do homem e no mundo dos deuses, a lei é uma só: todas as coisas são passageiras”.
O Buda Shakyamuni e vários outros mestres ensinam que, na verdade, a vida faz parte da morte. É um ciclo sem fim, como um círculo.
Diante da morte, as reações são absolutamente particulares. Saber que nunca mais será possível conversar, brincar, partilhar da sua presença, brigar com ela, tocar, olhar no fundo dos olhos. Enfim, a sensação de que nos tiraram o chão é comum, porque a dor é muito grande. Alguns tentam ignorar a tristeza; outros se fecham; há também os que reprimem a dor. O que é necessário se aprender sobre a morte é, primeiro de tudo, que a dor é real. Não há como negá-la, mesmo que a negação faça parte do processo de luto! Depois, é preciso aprender saber viver esta dor corretamente. O luto é o tempo que precisamos para reorganizar a nossa vida. É um tempo que sentimos um misto de emoções como tristeza, revolta, indignação, raiva, angústia, inconformismo. É importante que se prove estes sentimentos e saboreie o que eles proporcionam, pois ajudam a superar situações que ficaram sem solução em vida.
Alguns questionamentos que vem junto com a morte geram culpa e é a própria vivência dos sentimentos de dor que a morte alavanca que purifica tudo, inclusive, imperfeições de relacionamentos. Muitos preferem, no momento da dor maior, fazer uso de remédios tranquilizantes para amenizar ou anestesiar a dor da perda. O que muitos não sabem é que as etapas do luto devem ser sentidas para que sejam melhor elaboradas e consistem em vivenciar o velório, a despedida, o sepultamento, missas de 7° dia, 1 mês, 1 ano. É natural que nos primeiros dias nos reservemos para processar o fato e isso deve ser respeitado. Mas a dor, passado alguns dias, não pode ser determinante por um período longo demais. Procurar ajuda, seja em forma de desabafos sinceros com um amigo, familiar ou profissional, contribui para que possamos assumir o quanto ficou por ser dito, feito, sentido e ameniza alguns dos sentimentos difíceis de superar. Mas, mesmo com o coração sangrando, passado um tempo, é hora de curá-lo para continuar a vida, mesmo que falte vontade. Algumas vezes, a morte de um ente querido, depois de superada nos ensina a viver melhor, com mais qualidade.
Pode soar estranho encarar a morte de forma natural, mas morrer é tão natural quanto viver. Se você puder estar ao lado de uma pessoa em seu leito de morte, não tenha medo de segurar-lhe a mão, afagar o cabelo, de falar palavras doces, pois, além de ajudar a pessoa a morrer melhor, você encontrará maior entendimento da vida para si mesmo.

Bibliografia:
FREUD, S. Luto e Melancolia. In: Obras psicológicas completas de Sigmund Freud: edição
standard brasileira. Tradução por Jayme Salomão. Rio de Janeiro: Imago, 1996. Vol. 14, p.245-263.
BROMBERG, M.H. A psicoterapia em situações de perdas e luto. Campinas: Livro Pleno, 2000.
ARIÉS, P. História da Morte no Ocidente. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1977.
BOWLBY, J. Apego e Perda. V.3. São Paulo: Martins Fontes, 1985
PARKES, C. M. Luto: estudos sobre a perda na vida adulta. São Paulo: Summus, 1998.

Postado por Alexandre Yamazaki

Fabula do Céu e do Inferno

Fabula do Céu e do Inferno

Um homem sobre seu cavalo e o seu cão, caminhavam por uma estrada.
Depois de muito caminhar, esse homem se deu conta de que tanto ele quanto o seu cãohaviam morrido num acidente.
Às vezes os mortos levam tempo para se dar conta de sua nova condição...
A caminhada era muito longa, morro acima, o sol era forte e eles ficaram suados ecom muita sede. Precisavam desesperadamente de água.
Numa curva do caminho, avistaram um portão magnifico, todo de mármore, que conduziaa uma praça calcada com blocos de ouro, no centro da qual havia uma fonte deonde jorrava água cristalina.
O caminhante dirigiu-se ao homem que numa guarita, guardava a entrada.
- Bom dia, ele disse.
- Bom dia, respondeu o homem.
- Que lugar e este, tão lindo?... ele perguntou.
- Isto aqui e o céu, foi a resposta..
- Que bom que nos chegamos ao céu, estamos com muita sede, disse o homem.
- O senhor pode entrar e beber água a vontade, disse o guarda, indicando-lhe afonte.
- Meu cão também esta com sede!!!
- Lamento muito, disse o guarda
- Aqui não se permite a entrada de animais.
O homem ficou muito desapontado porque sua sede era grande. Mas ele não beberia,deixando seu fiel amigo com sede.... e assim, prosseguiu seu caminho...
Depois de muito caminharem morro acima, com sede e cansaço multiplicados, ele chegou aum sitio, cuja entrada era marcada por uma porteira velha semi aberta.
A porteira se abria para um caminho de terra com arvores dos dois lados que lhefaziam sombra.
À sombra de uma das arvores, um homem estava deitado, cabeça coberta com umchapéu, parecia que estava dormindo.
- Bom dia, disse o caminhante.
- Bom dia, disse o homem.
- Estamos com muita sede, eu e meu cão...
- Há uma fonte naquelas pedras, disse o homem e indicando o lugar.
- Podem beber a vontade.
O homem e o seu cão, correndo alegremente, foram ate a fonte e.... saciaram asede!!!
- Muito obrigado, ele disse ao sair.
- Voltem quando quiserem, respondeu o homem.
- A propósito, disse o caminhante, qual e o nome deste lugar?
- Céu, respondeu o homem.
- Céu???... Mas o homem na guarita ao lado do portão de mármore, disse-me que láera o céu!
- Aquilo não é o céu, aquilo é o.... inferno!!!
... e o caminhante ficou perplexo!!!
- Mas então, disse ele, essa informação falsa deve causar grandes confusões.
- De forma alguma, respondeu o homem. Na verdade, eles nos fazem um grande favor,porque lá ficam aqueles que são capazes de abandonar seus melhores amigos...

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Orgasmo Feminino




Orgasmo feminino - masturbação

Masturbação Feminina - O Clitóris e sua Função

O clitóris, uma protuberância carnuda, é um órgão muito pequeno, não maior do que uma daquelas borrachas que vêm na ponta dos lápis. É um órgão que se localiza acima e adiante do orifício uretral, no ângulo mais anterior dos genitais externos, constituindo-se uma zona ultra-sensível para a mulher.
Possui uma estrutura complexa, ou seja, a que aparece, a que se vê e se toca é apenas a parte externa. A maior parte fica escondida dentro da zona anterior e lateral da entrada da vagina, formando uma espécie de arco. Também contém tecidos esponjosos capazes de se encherem de sangue, glândulas e nervos. Aliás, são cerca de 6.000 as fibras nervosas que se concentram no clitóris e que acabam por tornar esse órgão altamente sensível aos diferentes tipos de estimulação.



Durante a excitação, o clitóris enche-se de sangue, fazendo com que ele engrosse, endureça e fique num tom avermelhado.
Próximo ao orgasmo, o clitóris retrai-se e esconde-se sob o capuz (pele que cobre o clitóris), tornando a sair quando cessa a estimulação sexual.O clitóris é a fonte do prazer feminino, é o órgão que tem como função única e exclusiva a de proporcionar prazer sexual para a mulher.
Durante muito tempo acreditou-se que apenas a introdução do pênis na vagina e seus movimentos de vaivém eram suficientes para levar a mulher ao orgasmo. Alguns estudiosos da sexualidade humana, nas suas pesquisas, não deram tanta importância a esse aspecto, o que veio a causar sentimentos de frustração e inferioridade em inúmeras gerações de mulheres, que desconheciam a necessidade de uma manipulação mais direta no clitóris para obterem um maior prazer. Tal desconhecimento por parte de muitas mulheres, que não conseguem alcançar o orgasmo apenas com a introdução do pênis, ocorre até mesmo nos dias de hoje.
Foi com o sucesso do famoso relatório de Shere Hite que muitas questões ficaram esclarecidas. Diante de milhares de depoimentos femininos verificou-se que a mulher não depende apenas do coito em si, mas de manipulações especiais do clitóris, que podem ser obtidas de várias maneiras.
O clitóris é muito sensível e por isso nem sempre o toque direto é tido como agradável, principalmente se a mulher ainda não estiver excitada. Tocar suavemente o clitóris ou rodear com os dedos a parte externa da vagina e principalmente o seu teto (parte alta do arco) é fundamental para a excitação sexual, bem como para uma lubrificação adequada.
Não existem zonas erógenas importantes nas estruturas profundas, tanto vaginais quanto uterinas. Ou seja, um pênis grande (obsessão comum dos homens) é irrelevante para a satisfação da mulher. O importante no ato sexual, durante a penetração (e antes dela, é claro), é roçar e tocar as diferentes partes do clitóris. O corpo peniano e o golpear do púbis do homem contra o púbis da mulher colocam em intenso contato rítmico toda a entrada do canal vaginal, os grandes e pequenos lábios e a pequena parte do clitóris, que aparece na união dos dois lábios.
Existem vários tipos de clitóris, que vão desde os mais escondidos a outros que se vêem logo, uns mais para baixo e outros mais para cima. Diante desses aspectos anatómicos do clitóris é que há uma diferença clássica, isto é, as mulheres que possuem o clitóris mais para baixo têm mais facilidade de gozar só com o coito, porque no vaivém o pênis fricciona o clitóris, fazendo a mulher atingir o orgasmo. A dificuldade maior fica com as mulheres que possuem o clitóris mais para cima, pois nesse caso o pénis não consegue roçar no clitóris. A mulher pode então encostar-se o máximo possível no ventre do homem para friccionar o clitóris nele, ou manipulá-lo ela própria durante o sexo.
Para algumas mulheres pode ser difícil estimular o clitóris na frente de seu parceiro, por timidez ou constrangimento, ou por qualquer outro motivo, o que pode levar algumas delas a fingirem seus orgasmos, somente para não parecerem frias e não deixarem seus parceiros decepcionados, acarretando frustrações para suas vidas sexuais, pois não tendo o orgasmo que desejam, fingem e sentem-se mal enganando o seu parceiro.
O diálogo é sempre importante. Converse com o seu parceiro sobre como quer ser tocada, acariciada, mostre o­nde fica seu clitóris, ensine o toque, opine sobre posições. Enfim, use de um jogo aberto e veja como você vai ser mais feliz no sexo.
A masturbação em conjunto também pode ser altamente excitante, vendo o seu parceiro se masturbar e vice versa.

Fonte:PLEASUREDOME





















Algumas considerações fisiológicas, padrão, uma vez que cada mulher pode ter reações próprias, na hora de um orgasmo. Entretanto, sob o ponto de vista orgânico, espera-se algumas reações corporais, que fazem com que o orgasmo feminino:





•se inicia com fortes e rítmicas contrações involuntárias da plataforma orgástica (a terça parte externa da vagina) e do útero.

•o rubor sexual atinge o seu ponto máximo (os lábios vaginais ficam intumescido e mudam de cor).

•o clitóris fica ereto e sensível ao toque, colaborando para o prazer e a chegada do orgasmo.

•é possível haver contrações involuntárias do esfíncter retal, o que leva, em algumas mulheres, a sensação de dores no ânus, após o orgasmo.

•os batimentos cardíacos aceleram-se, a pressão sanguínea e o ritmo da respiração também chegam ao ponto máximo.

•inicia-se a perda do controle muscular voluntário (em algumas mulheres pode-se observar a contração de grupos de músculos no rosto, nas mãos e nos pés.





O orgasmo feminino pode ser produzido pela estimulação clitoriana ou vaginal, ou por uma combinação de ambas. Essa estimulação pode se dar por auto-erotismo (masturbação), sexo oral, sexo com penetração vaginal, sexo anal, pelo uso de vibradores ou consolos).

O orgasmo feminino NÃO é igual ao do homem. As mulheres podem gozar pela estimulação apenas do clitóris, pela estimulação da vagina (mais raro), pela estimulação de ambos e pela estimulação anal. Geralmente, após orgasmo, uma mulher pode gozar novamente, se for devidamente estimulada e se ela estiver com desejo. Ao contrário dos homens que precisam de um certo tempo para se recuperarem.

A difícil passagem do tecnozóico ao ecozóico | BRASIL de FATO

A difícil passagem do tecnozóico ao ecozóico BRASIL de FATO