terça-feira, 5 de julho de 2011

PROFESSORA DE BOQUETE


 





Pessoal, acho este video extremamente educativo na arte de chupar uma PICA, esta mulher faz com uma maestría impar, abre o video junto com a companheira e pratiquem muito mas muito mesmo para tentar chegar a esta perfeição.
Abraços
cabrito


Dez dicas para turbinar o sexo oral

1ª) Beije e lamba o abdome de sua parceira e a parte interior de suas coxas.
2ª) Abrindo as pernas de sua parceira, você pode passar a língua no períneo, que é a àrea entre a vagina e o ânus. Em muitas mulheres o períneo é repleto de terminais nervosos e, portanto, muito sensível ao ser tocado ou lambido, o que pode ser muito excitante.
3ª) O clitóris é provavelmente a parte mais sensível do corpo da mulher. Você pode começar passando a língua bem devagar em volta dele, fazendo movimentos mais suaves ou dependendo de sua parceira, movimentos mais rápidos e movimentos de pressão. A comunicação neste momento é importante, pois os dois podem sentir prazer juntos nesta atividade.
4ª) Alguns casais gostam de tocar e estimular outras áreas do corpo do outro enquanto se estimulam oralmente. O homem, por exemplo, pode acariciar os seios, mamilos ou coxas da parceira.
5ª) A mulher pode acariciar os testículos, o peito do parceiro enquanto estimula seu pênis oralmente.
6ª) Durante a felação, a mulher pode segurar o pênis de seu parceiro e colocar a ponta da cabeça entre os lábios e gentilmente percorrê-lo com a boca.
7ª) Com o pênis de seu parceiro na boca, pressione com os lábios e depois tire-o da boca, repita este movimento alguma vezes.
8ª) Pressione a extremidade do pênis (ponta) com os lábios e beije-a como se fosse puxá-la. Não use os dentes a não ser que seu parceiro peça.
9ª) Pincele levemente com a língua ao longo da cabeça do pênis de seu parceiro e, ao mesmo tempo, faça uma massagem vertical para cima e para baixo.
10ª) O famoso 69, onde os dois se estimulam oralmente ao mesmo tempo.
Ana Cláudia Simão
Postado por luxúria pura

VIOLÊNCIAS CONTRA A MULHER
O hediondo crime que envolve o goleiro Bruno – a mulher, após ser assassinada, teve o corpo destroçado e devorado por cães, segundo denúncia – é a ponta do iceberg de um problema recorrente: a agressão masculina à mulher.

Entre 1997 e 2007, segundo o Mapa da Violência no Brasil/2010, 41.532 mulheres foram assassinadas no país. Um índice de 4,2 vítimas por cada grupo de 100 mil habitantes, bem acima da média internacional. O Espírito Santo apresenta o quadro mais grave: 10,3 assassinatos de mulheres/100 mil.

O Núcleo de Violência da Universidade de São Paulo identifica como assassinos maridos, ex-maridos e namorados inconformados com o fim da relação. Ao forte componente de misoginia (aversão à mulher), acresce-se a prepotência machista de quem se julga dono da parceira e, portanto, senhor absoluto sobre o destino dela.

A Central de Atendimento à Mulher (telefone 180) recebeu, nos primeiros cinco meses deste ano, 95% mais denúncias do que no mesmo período do ano passado. Mais de 50 mil mulheres denunciaram agressões verbais e físicas. A maioria é de mulheres negras, casadas, com idade entre 20 e 45 anos e nível médio de escolaridade. Os agressores são, em maioria, homens com idade entre 20 e 55 anos e nível médio de escolaridade.

Acredita-se que o aumento de denúncias se deve à Lei Maria da Penha, sancionada em 2006 pelo presidente Lula, e que aumenta o rigor da punição aos agressores. Apesar desse avanço, tudo indica que muitos lares brasileiros são verdadeiras casas dos horrores. A mulher é humilhada, destratada, surrada, por vezes vive em regime de encarceramento virtual e de semiescravidão no trabalho doméstico. Sem contar os casos de pedofilia e agressão sexual de crianças e adolescentes por parte do próprio pai.

A violência contra a mulher decorre de vários fatores, a começar pela omissão das próprias vítimas que, dependentes emocional e financeiramente do agressor, ou em nome da preservação do núcleo familiar, ficam caladas ou dominadas pelo pavor frente aos efeitos de uma denúncia. Soma-se a isso a impunidade. Eliza Zamudio, ex-namorada do goleiro Bruno, teria recorrido à Delegacia de Defesa da Mulher, sem que sua queixa tivesse sido levada a sério. Raramente o poder público assegura proteção à vítima e é ágil na punição ao agressor.

A violência contra a mulher não ocorre apenas nas relações interpessoais. Ela é generalizada pela cultura mercantilizada em que vivemos. Basta observar a multiplicidade de anúncios televisivos que fazem da mulher isca pornográfica de consumo.

Pare diante de uma banca de revistas e confira a diversidade do “açougue” fotográfico! Preste atenção no papéis femininos em programas humorísticos. Ora, se a mulher é reduzida às suas nádegas e atributos físicos, tratada como “gata” ou “avião”, exposta como mero objeto de uso masculino, como esperar que seja respeitada?

Nossas escolas, de uns anos para cá, introduziram no currículo aulas que abordam o tema da sexualidade. Em geral se restringem a noções de higiene corporal para se evitar doenças sexualmente transmissíveis. Não tratam do afeto, do amor, da alteridade entre parceiros, da família como projeto de vida, da irredutível dignidade do outro, incluídos os/as homossexuais.

Nas famílias, ainda há pais que conservam o tabu de não falar de sexo e afeto com os filhos ou julgam melhor o extremo oposto, o “liberou geral”, a total falta de limites, o que favorece a erotização precoce de crianças e a promiscuidade de adolescentes, agravada pelos casos de gravidez inesperada e indesejada.

Onde andam os movimentos de mulheres? Onde a indignação frente às várias formas de violência contra elas?

Os clubes esportivos deveriam impor a seus atletas, como fazem empresas e denominações religiosas, um código de ética. Talvez assim a fama repentina e o dinheiro excessivo não virassem a cabeça de ídolos de pés de barro...

Frei Betto é escritor, autor de “Diário de Fernando – nos cárceres da ditadura militar brasileira” (Rocco), entre outros livros. www.freibetto.org – twitter:@freibetto






















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CRISE NA UNIÃO EUROPEIA





Nem a ortodoxia confia mais nas suas criaturas

Governantes e autoridades financeiras da União Européia rangeram e rugiram diante da decisão da agencia de risco Moody's, que reduziu a classificação dos títulos da dívida portuguesa para a categoria ‘junk’ (lixo). Lisboa acaba de obter um socorro de 78 bilhões de euros, em três anos, em troca de um pacote de ajuste. A exemplo do que faz a Grécia, a auto-imolação lusa inclui demissões, cortes de gastos em áreas essenciais, aumento de impostos e privatização, inclusive da tevê pública portuguesa. Inútil. O veredito da Moody’s baseia-se na constatação de que o sacrifício não será suficiente porque não é viável. O artigo é de Saul Leblon.

A longa agonia do arcabouço ideológico neoliberal registrou mais um espasmo pedagógico.

Na terça-feira (5) governantes e autoridades financeiras da União Européia rangeram e rugiram diante da decisão da agencia de risco Moody's, que reduziu a classificação dos títulos da dívida portuguesa para a categoria ‘junk’ (lixo).

Lisboa acaba de obter um socorro de 78 bilhões de euros, em três anos, em troca de um pacote de ajuste que o próprio primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, direitista assumido, admite ser um gigantesco contrato de recessão com o futuro. A exemplo do que faz a Grécia, a auto-imolação lusa inclui demissões, cortes de gastos em áreas essenciais, aumento de impostos e privatização, inclusive da tevê pública portuguesa. 

Inútil. O veredito da Moody’s baseia-se na constatação de que o sacrifício não será suficiente porque não é viável. 

A sentença coloca sob suspeição e risco todo o esforço na mesma direção implementado pela troika --Banco Central Europeu, Comissão Europeia e o FMI-- para evitar o desmonte financeiro da UE, trincado verticalmente pelo pré-calote da Grécia, a quebra da Islândia, o descrédito crescente na solvência das dívidas soberanas da Espanha, Itália, Bélgica etc. 

As interações estruturais nessa engrenagem avariada não tardaram a dar razão ao pânico desencadeado pelo rebaixamento da dívida portuguesa. 

Vinte e quatro horas após o disparo da Moody’s, ações dos bancos espanhóis, que detém mais de 50% da dívida externa portuguesa, desabaram. 

O efeito contágio atingiu também a dívida soberana da Espanha obrigando Madri a elevar os juros pagos aos seus credores ao nível mais alto dos últimos três meses e jurar de pés juntos: ‘Nãos somos Portugal; não somos a Grécia.

O rastilho derrubou as bolsas de Milão, Frankfurt, Paris, Londres, Atenas e Dublin na quarta-feira, deixando claro o abraço de afogados que tais ‘imprevistos’ desencadeiam. E continuarão a desencadear. 

Mas o episódio português ilustra, sobretudo, os paradoxos típicos dos crepúsculos históricos. À falta de novos protagonistas --e de novos projetos--, criaturas e criadores do capítulo agonizante se desentendem nos seus próprios termos.

É assim que se deve interpretar a reação contrariada da dama de ferro prussiana, a chanceler alemã Ângela Merkel, diante da decisão da Moody’s. 

“É importante que a troika não permita que lhe retirem a capacidade de avaliação”, disse Merkel referindo-se à estratégia definida pelo Banco Central Europeu, pela Comissão Europeia e pelo FMI para os resgates de países em dificuldades financeiras, casos da Grécia e de Portugal.

O que Ângela Merkel está exigindo, no fundo, é que os entes sagrados do neoliberalismo devolvam aos Estados –portanto à soberania da política-- o poder de comandar o destino da sociedade e da economia. 

Bem mais enfático – a refletir a sua extração à esquerda da chanceler - o diretor da Agência das Nações Unidas para o Comércio Mundial e o Desenvolvimento (UNCTAD), Heiner Flassbeck, ex-secretário de Estado das Finanças alemão, disparou: “As agências de rating deviam limitar-se a avaliar empresas, não deveriam avaliar Estados”. Thomas Straubhaar, presidente do Instituto de Economia Mundial, de Hamburgo, foi lapidar: “A política foi monopolizada nas mãos de um punhado de institutos de avaliação”. 

Nada como uma crise após a outra para iluminar as distorções da história.

No auge da glória neoliberal, nos anos 80/90 e até meados de 2000, as agencias de risco figuravam como uma espécie de mensageiro divino.

Investidas de poderes para emitir julgamentos sumários quanto a salvação ou o sacrifício das criaturas históricas, determinavam a sorte e os azares de bancos, empresas, governos e Nações. Direta ou indiretamente, todos eram instados a vergar suas vontades ao implacável torniquete indutor das avaliações de risco. 

Uma espécie de ectoplasma da autorregulação num tempo em que tudo o que exalasse a soberania política ou planejamento público era picado e salgado na sarjeta do anacronismo obscurantista, as agências de risco reinavam incontestáveis nesse tempo. 

Estavam acima da lei e da ordem; da urna e da Constituição. Acima da própria democracia. 

Sobretudo a santíssima trindade representada pela Standard & Poor's, a Moody's e a Fitch – que determinavam, e ainda detém, 90% do poder de consagrar o que presta e o que não presta no universo da economia mundial— expressava o próprio espírito dos mercados, avessos a qualquer outro princípio ou ética que não a mobilidade irrestrita dos capitais.

Na mídia nativa, vanguardeira das boas causas do ramo, colunistas da gema ortodoxa vociferavam –ainda o fazem , com m,enor audiência, é certo-- contra afrontas do governo Lula aos princípios desse poder ubíquo. 

O argumento final irrespondível como irrespondíveis são as sentenças divinas, invariavelmente brandia a ameaça de uma punição no ‘rating’, a tábua sagrada de classificação do ‘risco–país’ das ditas agências.

Erigiu-se assim um círculo de ferro formado pela supremacia dos mercados financeiros desregulados, as agencias de risco e os centuriões vigilantes da mídia, associados à malta de consultores genuflexos. 

Uma espécie de poder mundial opaco, mas contundente, vigiava e punia. À semelhança do panóptico de Foulcaut cuidava de assegurar que instituições, governos, empresas, mas também partidos —inclusive os de esquerda— se auto-vigiassem renunciando às transgressões ao credo neoliberal, um processo ao mesmo tempo repressivo e auto-adestrável.

Uma instituição de cooperação internacional, ou um banco privado, ou ainda um fundo de investimento, jamais poderiam –e ainda não podem-- investir num país ou num projeto público ou privado que não tivesse o ‘OK’ das agências de risco. Era o vigia oculto do panóptico a condicionar projetos e agendas desde o seu nascimento. Nenhuma surpresa assim que o debate estratégico e mesmo certos vocábulos –‘ projeto de desenvolvimento’, ‘socialismo’, ‘soberania’, estatização’ e, claro, ‘comunismo’ - tenham sido extirpados da vida política nesse período. Menos surpresa ainda que um vazio intelectual vertiginoso tenha se instaurado na vida interna dos partidos, inclusive do PT brasileiro ao longo desse ciclo e de maneira progressiva até cristalizar o silêncio atual. 

O interdito desse poder supracional tinha força suficiente para humilhar presidentes eleitos, obrigando-os a picar e engolir programas de governo sancionados nas urnas, caso afrontassem dogmas sagrados dos mercados.

Essa capa de inviolabilidade sagrada começou a esgarçar-se antes da crise mundial. 

Em dezembro de 2001, por exemplo, a Enron, a sétima maior empresa dos EUA, gigante do setor de energia fortemente beneficiada pela desregulação nessa área, ruiu escandalosamente. A soterrá-la, uma montanha de práticas fraudulentas, avaliações falsas de ativos, transações simuladas entre diretores e investidores e milhões de dólares embolsados por uma verdadeira gangue de experts do jogo financeiro leve, livre e solto. 

Nenhuma agencia de risco advertiu nem antecipou aos investidores incautos que havia uma mazorca em curso dentro de uma das maiores empresas de energia do mundo. 

Auditores ‘independentes’,como a Arthur Andersen, haviam aprovado as contas da Enron pouco antes do rombo de US$ 13 bilhões derrubar as bolsas em todo o planeta. 

Assim, de tropeço em tropeço, omissão e omissão, a santíssima trindade das agencias veria sua aura perder brilho crescente até se tornar um buraco negro no auge da crise mundial, em 2007/2008/2009. 

Quando o banco Lehamann Brothers quebrou em setembro de 2008, dando a largada para a maior crise do capitalismo desde 1929, seus papéis desfrutavam de avaliação AAA pelas criteriosas agencias de risco. 

Um mês depois do Lehamann Brothers quebraria a Islândia. 

Até quase a véspera do naufrágio, a mesma Moody’s que agora esfaqueia a direita portuguesa pelas costas –ou lhe desfecha ‘um murro no estômago’, no dizer do desabrido primeiro-ministro conservador, Pedro Passos Coelho - emprestava às finanças islandesas o carimbo de um triplo A: segurança, rentabilidade e solidez.

Na farra das subprimes nos EUA, papéis de créditos podres fatiados e ‘inseridos’ em pacotes de investimento tóxicos tiveram igualmente um lubrificante eficaz na chancela das agencias de risco, para escorregarem goela abaixo de fundos espertos e investidores crédulos mundo afora.

O resultado desse intercurso é conhecido, embora ainda inconcluso.

A colisão que se assiste agora entre agencias e a ortodoxia da troika do euro configura os esgares de uma época que teima em não terminar. Seu crepúsculo não será revertido com remendos para salvaguardar povos e nações dos riscos embutidos na ação das agencias de risco. 

Num ato falho, como vimos acima, a chanceler alemã Ângela Merkel, cobrou que os entes criados pelos livres mercados não usurpem a prerrogativa da troika de ditar os rumos da sociedade. 

Devolver à política a soberania das decisões sobre a liberdade humana e o destino do desenvolvimento, porém, não é algo que se possa fazer de forma compartimentada e estanque.

O que a chanceler não parece entender, porque não pode ou não quer, é que a mesma prerrogativa vale para a sociedade grega, por exemplo, 75% dela contrária ao esmagamento ortodoxo que a troika afrontada agora pela Moody’s quer impor ao país, com o apoio de uma Parlamento-zumbi, a contrapelo da praça Sintagma. É ali, a exemplo de outras praças e ruas do mundo, que a multidão revitaliza o único poder capaz de se opor à ditadura dos mercado, das agencias e do dinheiro: a democracia participativa.














Revista Veja mentiu sobre Universidade de Brasília e agora é desmascarada









Idelber Avelar para a Revista Forum

A Veja não consegue se envergonhar dos seus atos?
Sob o título “Madraçal no Planalto,” a última edição da Revista Veja publicou uma “reportagem” sobre a Universidade de Brasília (UnB) com uma série de erros factuais. A matéria, escrita para demonstrar que a UnB estaria tomada pela intolerância e por “perseguições” a quem pensa diferente de uma reitoria supostamente esquerdista, incorre em várias falsificações e demonstra desconhecimento básico acerca do funcionamento de uma universidade pública brasileira. Uma longa lista de personalidades, incluindo até mesmo o insuspeito Ministro Gilmar Mendes, desmentiu categoricamente a Veja nas últimas 48 horas.
Leia mais:
A matéria afirma que o Reitor José Geraldo de Sousa Júnior foi eleito depois de uma “manobra” que deu aos alunos o mesmo peso eleitoral dos docentes e dos funcionários. Cumprindo o já conhecido papel de acadêmico amestrado da Veja, o historiador Marco Antônio Villa empresta outra citação para os propósitos da revista: ”Nenhuma universidade de ponta tem esse tipo de sistema eleitoral.” Acontece que a afirmação da revista é falsa. Não houve qualquer “manobra”. O Conselho Universitário, instância máxima de deliberação da universidade, no qual os professores representavam 70% dos votantes–e onde, portanto, os alunos nem de longe tinham o mesmo peso dos docentes–decidiu pela eleição paritária.
A afirmação atribuída ao Prof. Frederico Flósculo — e, tratando-se de Veja, há que se dizer “atribuída”, já que nunca se sabe se o entrevistado realmente disse o que está entre aspas—demonstra ainda mais desconhecimento, não só sobre a UnB, mas acerca de todo o sistema universitário público brasileiro. O Prof. Flósculo teria dito que na UnB “nos últimos anos, meus projetos de pesquisa têm sido sistematicamente rejeitados”. Ora, o financiamento da pesquisa feita em universidades públicas brasileiras vem de órgãos federais, como a CAPES e o CNPq, ou estaduais, como a Fapesp. Os projetos são enviados pelos docentes aos órgãos financiadores e depois avaliados por profissionais da área, sem qualquer participação ou interferência da universidade. Mesmo que ela quisesse, a UnB não poderia “rejeitar” projetos de pesquisa de um docente, posto que não é ela quem os financia. Isso é informação elementar sobre a universidade brasileira, que a Revista Veja não possui ou omite em má fé.
A outra inverdade publicada pela Veja se refere à Faculdade de Educação da UnB. Segundo a Revista, a Profa. Inês Pires de Almeida, da Faculdade de Educação, teria sido vítima de “represálias” por parte da Reitoria, perdido a chefia e sofrido “devassa” em seu trabalho . Sublinhe-se que não há qualquer declaração da professora na matéria e não se sabe se ela corrobora a versão da revista, mas o fato é que a Profa. Inês simplesmente perdeu uma eleição. A Faculdade de Educação realizou eleições internas em agosto e setembro de 2010, inclusive com debates públicos entre os candidatos. Venceu a professora Carmenísia Jacobina Aires, que hoje ocupa a direção da FE. A perda da condição de gestora de convênios com órgãos de governo adveio do fato de que … a Profa. Inês não era mais diretora! Simples assim.
Outra falsificação presente na reportagem diz respeito ao Prof. Ibsen Noronha, que teria dito que sua disciplina “desapareceu do currículo”. O Prof. Ibsen Noronha é conhecido por ter sido o advogado que acompanhou o DEM na ação contra as cotas no STF, ter levado uma reprimenda pública do Ministro Lewandowski e ter escrito um perfil elogioso de um príncipe da família real. Quanto ao teor da matéria, a realidade dos fatos é que Ibsen Noronha jamais foi professor concursado da UnB. Longe de “desaparecer do currículo”, o conteúdo em questão foi incorporado a uma disciplina obrigatória, “História do Direito” que, como tal, só pode ser ministrada por professores efetivos da instituição.
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A matéria de Veja resvala na difamação pura e simples ao afirmar que o “único mérito acadêmico evidente” do atual Reitor, o Prof. José Geraldo de Sousa Júnior, “deriva de sua militância política”. O currículo do Prof. José Geraldo inclui: a autoria de quatro livros acadêmicos e a organização de 24 publicações, além de 56 artigos em periódicos e 43 capítulos de livros.
Curiosamente, a foto que ilustra a matéria da Veja traz como subtítulo “professores reclamam de controle ideológico”, mas é na verdade a imagem de uma livre manifestação dos estudantes pela aceleração das obras de extensão do campus. A ironia extra é que depois dessa manifestação, os estudantes foram recebidos pela reitoria para negociar.
A reação à “reportagem” da Veja foi contundente. O Diretório Central dos Estudantes publicou uma carta. O Reitor também. A respeitada Professora Barbara Freitag-Rouanet escreveu uma bela resposta, assim como o Prof. Aldo Paviani. Uma longa lista de testemunhos também contradisse a matéria. Veja ouviu seis professores.
É mais um capítulo na história da Revista Veja, que agora replica estratégias já adotadas em outras comarcas para desqualificar instituições públicas de ensino com objetivos que têm muito pouco a ver com a busca da verdade.



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Aleida Guevara: um outro mundo teria sido possível






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Quando os valores humanos devem se sobrepor aos de cosumo
Se a Cuba tivesse sido dada a possibilidade de viver em paz sua experiência socialista, o mundo talvez tivesse hoje o exemplo de um outro tipo de sociedade para se contrapor à selvageria do capitalismo e sua perda absoluta de valores. Os jovens que ocupam as praças da Europa em crise e que já estiveram nas ruas dos países árabes, sabem muito bem o que não querem, mas não têm uma idéia clara do que desejam e de como chegar a um mundo mais justo.

O capitalismo parece viver uma crise sistêmica e as populações são afrontadas pelo total desprezo que o sistema destina a elas. A insensibilidade social ofende no que exige dos países endividados por seguirem um modelo recomendado pelos donos do poder, e o comportamento dos responsáveis pela ciranda financeira agride a dignidade dos que sobrevivem com o suor do seu trabalho.


A miséria moral de ex-esquerdistas






Alguém em sã consciência pode considerar normal e aceitável que o principal executivo de uma instituição financeira, que protagonizou a maior crise econômica mundial desde 1929, receba bônus de 200 milhões de dólares depois de seu banco ter sido socorrido pelo Estado, com dinheiro público? Em bom português, trata-se de uma sem vergonhice atroz, e, pior, sem punição.

O mundo clama por um novo modelo e uma semente foi plantada na ilha caribenha, que incomoda tanto, que até hoje é vítima de um implacável bloqueio. A primeira grande revolução, que sacudiu o mundo no século 20, foi a soviética, que, sem nenhum desprezo pelo que inspirou, inclusive Cuba, se perdeu no centralismo excessivo, tradições autoritárias e privilégios inadmissíveis numa sociedade que se pretende igualitária.

Cuba, inspirada pela alegria caribenha e pelo idealismo do Che, disseminou de forma mais sincera e próxima a nós os valores de solidariedade e de formação do homem novo. Che cobrava de todos os seus auxiliares, nos diferentes postos que ocupou em Cuba, a preocupação primordial com as pessoas de carne e osso. São elas que devem orientar a condução de um país e não a iluminação de seus líderes temporários.
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Slavoj Zizek: Capitalismo não é a única opção para a humanidade





Em Cuba, os interesses sociais prevalecem sobre os individuais. Os valores são outros. Lá, seria inadmissível jovens serem assassinados por outros jovens para lhes tomarem as mochilas e pares de tênis, como acontece com frequência por aqui. O problema foi que o modelo cubano de sociedade, voltado para o ser humano em primeiro lugar, não pode se desenvolver plenamente, afetado por um terrível bloqueio, que o estrangula economicamente há quase meio século.

Os críticos habituais enchem o peito para dizer que o país fracassou, que vive na miséria e não tem como atender seus cidadãos, mas estão lá, de pé, além dos serviços públicos e gratuitos, valores essenciais da humanidade, como a solidariedade e o respeito ao próximo.

Em recente passagem pelo Rio de Janeiro, a médica pediatra Aleida Guevara (foto), filha do Che, manifestou preocupação com alguns aspectos das reformas em curso na ilha. Mas os seus temores não estão relacionados ao poder, até porque não possui nenhum cargo dirigente, mas sim à possibilidade de uma transformação negativa do homem cubano. O que a inquieta é que os trabalhadores por conta própria passem a trabalhar para si mesmos e percam de vista a consciência social.

O homem pensa segundo vive. Se você vive interessado em melhorar sua casa, a vestimenta, em ter dinheiro no bolso, esquece que a escola infantil da esquina, dos seus filhos, precisa de uma mão de pintura”, afirmou, em entrevista à Folha de S.Paulo.
Tal pensamento parece anacrônico em uma sociedade indiferente e movida ao consumo, mas sobrevive em Cuba, como Aleida Guevara nos prova com sua declaração. É por isso que a Cuba é vedada a evolução e o aprimoramento das transformações profundas a que se propõe. A ilha não tem poder econômico ou militar. Mas continua não existindo nada mais subversivo do que as idéias. E é preciso eliminá-las antes que voltem a se espalhar.

Por Mair Pena Neto



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Internacional| 05/07/2011 |





15 milhões de pessoas correm risco de fome na Europa

Um regulamento aprovado pela Comissão Europeia corta 80% da ajuda alimentar para os pobres. A Federação Europeia dos Bancos Alimentares apela ao Conselho Europeu. Apelo foi apoiado por Conselho Internacional Geral de São Vicente de Paulo, Comunidade de Santo Egídio e Caritas Italiana. De acordo com as estatísticas europeias, 43 milhões de pessoas estão em risco de pobreza alimentar, ou seja não podem pagar uma refeição adequada a cada dois dias.

A Comissão Europeia aprovou no dia 10 de junho o Regulamento 562/2011, que reduz o programa europeu de ajuda alimentar de 500 milhões de euros para 113 milhões, um corte de 77,4%. A Federação Europeia dos Bancos Alimentares (FEBA) lançou um apelo ao Conselho Europeu de ministros da Agricultura a que chegue a um acordo sobre novas formas de financiamento.


Segundo a FEBA, em 2010 a sua rede “cobriu 40% dos alimentos fornecidos pelo Programa Europeu. Os 240 bancos alimentares distribuíram 360 mil toneladas de alimentos para associações caritativas e serviços sociais em 21 países europeus. Por sua vez, as organizações de caridade distribuíram alimentos para pessoas indigentes, tais como pacotes ou refeições. 51% desses suprimentos vieram do Programa Europeu, a outra parte de doações de empresas e colectas locais. Se nada for feito, esta decisão levará a uma grave crise”.


A FEBA lembra em comunicado que, de acordo com as estatísticas europeias, 43 milhões de pessoas estão em risco de pobreza alimentar, ou seja não podem pagar uma refeição adequada a cada dois dias.


A FEBA salientando que “o alimento é a base da vida e é um direito humano fundamental”, refere que “a aplicação desta decisão poderá reforçar a percepção de uma Europa tecnocrática que não se preocupa com o destino das pessoas”.




Fotos: Fome na Grécia – Foto de SpaceShoe [Learning to live with the crisis









 
Internacional| 02/07/2011 | Copyleft 

"Israel se converteu numa sociedade de força e violência"

Um grupo de ativistas internacionais está disposto a navegar numa flotilha rumo às praias da Faixa de Gaza. Muitos deles são ativistas sociais e lutadores pela paz e pela justiça, veteranos da luta contra o apartheid, contra o colonialismo, contra o imperialismo, contra inúmeras guerras sem sentido e injustiças. Há intelectuais, sobreviventes do Holocausto e gente de consciência entre eles. Essa flotilha também não passará. O primeiro ministro e o ministro da Defesa já nos prometeram isso. Nos tornamos uma sociedade cuja linguagem é a violência, um país que trata de resolver quase tudo através da força. O artigo é de Gideon Levy.

Estaremos escutando a nós mesmos? Estaremos ainda conscientes do barulho horrível vindo daqui? Teremos nos dado conta de como o discurso está se tornando mais e mais violento e de como a linguagem da força se tornou quase que a única linguagem oficial de Israel?


Um grupo de ativistas internacionais está disposto a navegar numa flotilha rumo às praias da Faixa de Gaza. Muitos deles são ativistas sociais e lutadores pela paz e pela justiça, veteranos da luta contra o apartheid, contra o colonialismo, contra o imperialismo, contra inúmeras guerras sem sentido e injustiças. Pode-se dizer que a coisa vai ser difícil por aqui, posto que eles já foram catalogados como bandidos.


Há intelectuais, sobreviventes do Holocausto e gente de consciência entre eles. Quando eles lutaram contra o apartheid na África do Sul ou contra a guerra do Vietnam, eles conquistaram admiração por suas ações até mesmo aqui (em Israel). Mas o simples fato de expressar agora uma palavra de admiração sobre essa gente (alguns deles já bastante idosos) que está arriscando suas vidas e investindo seu dinheiro e tempo em uma causa que eles consideram justa é considerado como traição. É possível que algumas pessoas violentas tenham se infiltrado entre eles, mas a vasta maioria é composta de gente de paz, não de odiadores de Israel, e sim de gente que odeia suas injustiças. Eles decidiram não permanecer em silêncio – a desafiar a ordem atual, que é inaceitável para eles, que não pode ser aceitável para nenhuma pessoa de moral.


Sim, eles querem criar uma provocação – a única maneira de chamar a atenção do mundo para a situação de Gaza, sobre a qual ninguém parece se importar a menos que haja foguetes Qassam ou flotilhas. Sim, a situação de Gaza melhorou nos meses recentes, em parte por causa de flotilha anterior. No entanto, Gaza ainda não é livre – longe disso. Ela não tem saída pelo mar ou pelo ar, não há exportações, e seus habitantes vivem ainda parcialmente prisioneiros. Os israelenses que costumam ir à loucura quando o aeroporto internacional Bem Gurion fica fechado por umas duas horas deveriam entender bem o que significa a vida sem um porto. Gaza tem direito a sua liberdade, e aqueles que vão a bordo da flotilha têm o direito de tomar medidas para que isso se torne real. Israel deveria permitir-lhes que se manifestem.


Mas observem como Israel está reagindo. A flotilha foi imediatamente descrita, por todo mundo, como uma ameaça à segurança; seus ativistas foram classificados como inimigos, e não se pôs para nada em dúvida as suposições ridículas lançadas pelos oficiais de segurança e avidamente propaladas pela imprensa. Nem bem se apagaram os ecos da campanha de demonização da flotilha anterior, na qual cidadãos turcos foram injustificadamente assassinados, e a nova campanha já se iniciou. Ela inclui todos os chavões da moda: perigo, substâncias químicas, combates corpo-a-corpo, muçulmanos, turcos, árabes, terroristas e, quem sabe, homens bombas. Sangue, fogo e colunas de fumaça!


A conclusão inevitável é a de que há nada mais que uma maneira de agir contra os passageiros da flotilha: por meio da força, e tão somente pela força, assim como deve ser em cada ameaça à segurança. Este é um padrão repetitivo: primeiro a demonização, a seguir a legitimação do uso da violência. Lembram-se das marteladas invenções sobre o sofisticado armamento iraniano que estava sendo introduzido em Gaza através dos túneis de contrabando de armas; ou aquelas sobre como toda a faixa estava minada? Aí, então, a Operação Chumbo Derretido foi lançada e os soldados de Israel não encontraram nada daquilo.


A atitude em relação à atual flotilha é a continuação do mesmo comportamento. A campanha de táticas de amedrontamento e demonização é o que contribui para a violenta retórica que vem dominando todo o discurso público. E em que mais pensarão os israelenses que vêm sendo constantemente injetados com histórias horripilantes sobre a flotilha, a não ser no uso da força? Aqueles ativistas querem matar os soldados do IDF (exército israelense)? Vamos nos levantar e matá-los primeiro.


Agora os políticos, os generais e os comentaristas estão concorrendo para ver quem fornece a descrição mais tenebrosa da flotilha; para ver quem pode inflamar mais o público; para ver quem louva mais os soldados que irão nos salvar; e para ver quem usará a retórica mais pomposa que se espera antes de uma guerra. Um comentarista importante, Dan Margalit, já se fez poético em sua coluna jornalística: “Abençoadas sejam essa mãos”, ele escreveu em relação com as mãos que sabotaram um dos barcos que iria compor a flotilha. Essa foi outra ação ilegal e bandidesca, mas que conseguiu aprovação imediata por aqui, sem que ninguém perguntasse: Com que direito? 


Esta flotilha também não passará. O primeiro ministro e o ministro da Defesa já nos prometeram isso. Uma vez mais Israel vai mostrar a eles, a esses ativistas, quem é mais homem – quem é mais forte e quem manda no ar, na terra e no mar. As “lições” da flotilha anterior foram bem aprendidas – não as lições sobre matanças inúteis ou sobre a desnecessária tomada do barco com violência, mas as da humilhação da força militar de Israel.


Mas a verdade é que a humilhação real radica no fato de que em primeiro lugar foram empregados comandos navais para interceptar os barcos, e isto é algo que reflete sobre todos nós: de como nos tornamos uma sociedade cuja linguagem é a violência, um país que trata de resolver quase tudo através da força, e somente pela força.


Tradução: Jair de Souza



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América Latina: por que no Brasil é diferente?

Ao contrário do que ocorre em outros países na América Latina, aqui não se conseguiu avançar na regulação do setor da comunicação. Os dois governos do presidente Lula esbarraram nessa barreira histórica e, não há indicações, até agora, de que o governo Dilma conseguirá vencer os “poderosos interesses” mencionados pelo Ministro das Comunicações.

Em conversa recente com o professor da Universidad Torcuato Di Tella, Philip Kitzberger, que realiza pesquisa comparada sobre políticas de comunicações na América Latina, insisti que a grande diferença do Brasil em relação aos outros países que estuda – Argentina, Bolívia, Equador e Venezuela – é que aqui, no período posterior ao regime militar, apesar da eleição e reeleição de um governo categorizado como “populista de esquerda”, não houve mudanças em relação aos interesses que são atendidos na formulação da política pública do setor. Continuam a prevalecer os grandes empresários privados, aliados a grupos familiares e oligárquicos da velha política regional e local.

Propostas sequer se tornam projetos
No Brasil, antes mesmo de se transformarem em projetos de lei, minutas de propostas que não atendam aos interesses dominantes, têm sido vigorosamente combatidas e logo abandonadas pelo governo. Os exemplos mais conhecidos – mas não os únicos – são o “pré-projeto” [vazado na imprensa] de transformação da ANCINE em ANCINAV, em 2005, e o até agora inédito pré-projeto de novo marco regulatório para a radiodifusão, que teria sido elaborado na SECOM-PR ao final do governo Lula (dezembro de 2010). 

Quando, eventualmente, “projetos” são apresentados ao Congresso Nacional, como o de criação de um Conselho Federal de Jornalismo, a reação contrária é tão formidável que nem a tentativa de substituí-lo por outro, de criação de um Conselho Federal de Jornalistas – a exemplo de conselhos existentes para outras profissões como, por exemplo, advogados e engenheiros – se concretizou. O projeto original foi arquivado sem que seu mérito fosse de fato debatido, como seria de praxe nas democracias representativas chamadas de liberais. 

Mesmo assim, analistas conceituados argumentam que os dois exemplos acima fazem parte de um “encorpado caldo de cultura contra a mídia” existente no Brasil e foram não só “iniciativas do governo federal na administração de Luiz Inácio Lula da Silva (...) que pretendiam aumentar o controle da mídia”, como “quase [sic] se concretizaram”.

Outra característica que diferencia o Brasil de outros países latino-americanos é que aqui, historicamente, os grupos dominantes têm (a) impedido a regulamentação de normas e princípios constitucionais e/ou, (b) quando regulamentadas, as normas são impedidas de funcionar e/ou (c) até mesmo o debate sobre o tema tem sido interditado publicamente, isto é, só merece a atenção da grande mídia para ser satanizado.

Quais as perspectivas de futuro?
Diante dessas afirmações, a pergunta natural para um observador externo é: quais são as projeções para o futuro? Há alguma perspectiva de alteração desse quadro? Quais são os indicadores mais recentes que apontam para onde o Brasil caminha neste setor?

Registro três exemplos.

1. A Audiência Pública conjunta de cinco comissões, realizada no Senado Federal, no dia 16 de junho, para discutir projeto que tramita no Congresso Nacional desde 2007 e que pretende regulamentar a televisão paga. A audiência confirmou: 

(a) as divergências entre as teles e as empresas de radiodifusão, que se tornaram públicas desde a definição do sistema de TV digital, quando os radiodifusores venceram a disputa; (b) as divergências internas entre as próprias empresas de radiodifusão. Representantes da Globo, do SBT e da Record falaram em nome da ABERT e expressaram posições diferentes; (c) a exclusão de representantes da sociedade civil organizada do debate, impedidos de participarem da audiência; (d) o conflito entre o Congresso Nacional e alguns grupos empresariais com a ANATEL, acusada de tentar “legislar” sobre televisão paga; (e) a ameaça de judicialização de uma eventual regulação aprovada pelo Congresso Nacional feita pelo representante da Associação das Programadoras. Em resumo: não se vislumbrou qualquer consenso. De certa forma, fica paralisado o andamento de um projeto de lei que tramita há mais de quatro anos e tenta apenas a regulação parcial do setor.

2. A exposição do Ministro das Comunicações no IIº Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, Brasília, em 17 de junho.

Falando como se o tema “marco regulatório” fosse uma questão nova, o ministro reafirmou que a regulação do setor “envolve poderosos interesses econômicos” e, indiretamente, deu a entender que entende regulação como sendo a regulamentação de normas que já estão na Constituição de 1988 e, mesmo assim, com muita calma e cautela (23 anos depois!).

3. Apesar de várias constituições estaduais haverem incluído, desde o final da década de 80 do século passado, artigos sobre a criação de conselhos estaduais de comunicação – a exemplo do artigo 224 da Constituição Federal – a exceção da Bahia, nenhum outro estado conseguiu até hoje, regulamentar esses artigos. Apesar do importante apoio de entidades representativas como a CBJP/CNBB, a própria OAB-Nacional, manifestou sua oposição à regulamentação dos artigos que prevêem a criação desses conselhos, em outubro de 2010.

A diferença do Brasil na América Latina
Ao contrário do que ocorre em países nossos vizinhos na América Latina, aqui não se conseguiu avançar na necessária regulação do setor de comunicações. Os dois governos do presidente Lula esbarraram nessa barreira histórica e, não há indicações concretas, até agora, de que o governo Dilma conseguirá vencer os “poderosos interesses” mencionados na fala do Ministro das Comunicações.

A novidade(?) é que organismos internacionais e atores dominantes no Brasil passaram recentemente a defender a “autorregulamentação” como alternativa para a regulação do setor de comunicações.

Essa é a diferença brasileira.


Professor Titular de Ciência Política e Comunicação da UnB (aposentado) e autor, dentre outros, de Regulação das Comunicações – História, poder e direitos, Editora Paulus, 2011.












DEBATE ABERTO

Crise terminal do capitalismo?

Já nos meados do século XIX Karl Marx escreveu profeticamente que a tendência do capital ia na direção de destruir as duas fontes de sua riqueza e reprodução: a natureza e o trabalho. É o que está ocorrendo. A capacidade de o capitalismo adaptar-se a qualquer circunstância chegou ao fim.

Tenho sustentado que a crise atual do capitalismo é mais que conjuntural e estrutural. É terminal. Chegou ao fim o gênio do capitalismo de sempre adaptar-se a qualquer circunstância. Estou consciente de que são poucos que representam esta tese. No entanto, duas razões me levam a esta interpretação.

A primeira é a seguinte: a crise é terminal porque todos nós, mas particularmente, o capitalismo, encostamos nos limites da Terra. Ocupamos, depredando, todo o planeta, desfazendo seu sutil equilíbrio e exaurindo excessivamente seus bens e serviços a ponto de ele não conseguir, sozinho, repor o que lhes foi sequestrado. Já nos meados do século XIX Karl Marx escreveu profeticamente que a tendência do capital ia na direção de destruir as duas fontes de sua riqueza e reprodução: a natureza e o trabalho. É o que está ocorrendo.

A natureza, efetivamente, se encontra sob grave estresse, como nunca esteve antes, pelo menos no último século, abstraindo das 15 grandes dizimações que conheceu em sua história de mais de quatro bilhões de anos. Os eventos extremos verificáveis em todas as regiões e as mudanças climáticas tendendo a um crescente aquecimento global falam em favor da tese de Marx. Como o capitalismo vai se reproduzir sem a natureza? Deu com a cara num limite intransponível.

O trabalho está sendo por ele precarizado ou prescindido. Há grande desenvolvimento sem trabalho. O aparelho produtivo informatizado e robotizado produz mais e melhor, com quase nenhum trabalho. A consequência direta é o desemprego estrutural.

Milhões nunca mais vão ingressar no mundo do trabalho, sequer no exército de reserva. O trabalho, da dependência do capital, passou à prescindência. Na Espanha o desemprego atinge 20% no geral e 40% e entre os jovens. Em Portugal 12% no país e 30% entre os jovens. Isso significa grave crise social, assolando neste momento a Grécia. Sacrifica-se toda uma sociedade em nome de uma economia, feita não para atender as demandas humanas, mas para pagar a dívida com bancos e com o sistema financeiro. Marx tem razão: o trabalho explorado já não é mais fonte de riqueza. É a máquina.

A segunda razão está ligada à crise humanitária que o capitalismo está gerando. Antes se restringia aos países periféricos. Hoje é global e atingiu os países centrais. Não se pode resolver a questão econômica desmontando a sociedade. As vítimas, entrelaças por novas avenidas de comunicação, resistem, se rebelam e ameaçam a ordem vigente. Mais e mais pessoas, especialmente jovens, não estão aceitando a lógica perversa da economia política capitalista: a ditadura das finanças que via mercado submete os Estados aos seus interesses e o rentismo dos capitais especulativos que circulam de bolsas em bolsas, auferindo ganhos sem produzir absolutamente nada a não ser mais dinheiro para seus rentistas.

Mas foi o próprio sistema do capital que criou o veneno que o pode matar: ao exigir dos trabalhadores uma formação técnica cada vez mais aprimorada para estar à altura do crescimento acelerado e de maior competitividade, involuntariamente criou pessoas que pensam. Estas, lentamente, vão descobrindo a perversidade do sistema que esfola as pessoas em nome da acumulação meramente material, que se mostra sem coração ao exigir mais e mais eficiência a ponto de levar os trabalhadores ao estresse profundo, ao desespero e, não raro, ao suicídio, como ocorre em vários países e também no Brasil.

As ruas de vários países europeus e árabes, os “indignados” que enchem as praças de Espanha e da Grécia são manifestação de revolta contra o sistema político vigente a reboque do mercado e da lógica do capital. Os jovens espanhóis gritam: “não é crise, é ladroagem”. Os ladrões estão refestelados em Wall Street, no FMI e no Banco Central Europeu, quer dizer, são os sumossacerdotes do capital globalizado e explorador.

Ao agravar-se a crise, crescerão as multidões, pelo mundo afora, que não aguentam mais as consequências da superexploracão de suas vidas e da vida da Terra e se rebelam contra este sistema econômico que faz o que bem entende e que agora agoniza, não por envelhecimento, mas por força do veneno e das contradições que criou, castigando a Mãe Terra e penalizando a vida de seus filhos e filhas.

Leonardo Boff é teólogo e escritor


GOSTOSAS DA COLOMBIA







Alejandra Azcarate


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4. María Fernanda Yepes


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5. María Adelaida Puerta




6. Marbelle


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7. Liliana González "La Pajarita"


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8. Amparo Grisales


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9. Marilyn Patiño


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10. Aura Cristina Geithner


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11. Viviana Rodrigo


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12. Amparo Grisales


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13. Juanita Kremer


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14. Natalia París


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