segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Mario Quintana

O poeta começa o dia

 

Pela janela atiro meus sapatos, meu ouro, minha
alma ao meio da rua.
 

Como Harum-al-Raschid, eu saio incógnito, feliz
de desperdício...

Me espera o ônibus, o horário, a morte — que
importa?
 

Eu sei me teleportar: estou agora
Em um Mercado Estelar... e olha!
 

Acabo de trocar
— em meio aos ruídos da rua
alheio aos risos da rua —
 

todas as jubas do Sol
por uma trança da Lua!

Mário Quintana

EU QUERO MUDAR O MUNDO

DIREITOS HUMANOS