quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O fim das utopias europeias

 

O custo intangível do fracasso europeu 
José Luís Fiori 

"Se fosse possível hierarquizar sonhos, a criação da União Europeia estaria entre os mais importantes do século XX. Depois de um milênio de guerras contínuas, os estados europeus decidiram abrir mão de suas soberanias nacionais, para criar uma comunidade econômica e política, inclusiva, pacífica, harmoniosa, sem fronteiras, sem discriminações e sem hegemonias. Um verdadeiro milagre, para um continente que se transformou no centro do mundo, graças à sua capacidade de se expandir e dominar os outros povos, de forma quase sempre violenta, e muitas vezes predatória." JLF: "Os sinos estão dobrando", Valor, junho de 2008

Os sinais de desagregação são cada vez maiores e frequentes, e já não cabe dúvida que o processo de "unificação europeia" entrou num beco sem saída. É quase certo o calote da dívida grega, e é cada vez mais provável a ruptura da zona do euro, que teria um efeito em cadeia, de grandes proporções, dentro e fora do Velho Continente. Ao mesmo tempo, a vitória da França e da Inglaterra, na Líbia, aumentou a divisão e aprofundou o cisma alemão dentro da Otan. Por outro lado, os governos conservadores europeus estão em queda livre, e sua alternativa social-democrata não tem mais nenhuma identidade ideológica. Os intelectuais batem cabeça e a juventude busca novos caminhos um pouco sem rumo. O próprio ideal da unificação europeia tem cada vez menos força, entre as elites e dentro de sociedades em que se dissemina a violência e a xenofobia. Parece iminente o fracasso europeu.

No final do século XX, enterraram o socialismo, e agora estão jogando na lata do lixo o seu cosmopolitismo liberal

Em tudo isso, chama a atenção que o avanço da catástrofe anunciada venha sendo acompanhado por uma consciência cada vez mais nítida e consensual a respeito das causas últimas, econômicas e políticas, da própria impotência europeia. Do lado econômico, todos reconhecem a falta de um Tesouro europeu com capacidade unificada de tributar e emitir dívidas, junto com um BC capaz de atuar como emprestador de última instância, em todos os mercados, garantindo a liquidez dos atuais títulos soberanos nacionais que deveriam ser extintos e substituídos por um único título publico unificado, para toda a zona do euro. E quase todos já reconhecem a impossibilidade de uma moeda soberana e de um BC eficaz, sem um estado que lhes dê credibilidade e poder real de ação, em particular nas situações de crise. Uma posição que só poderia ser cumprida, neste momento, pela Alemanha, que não quer ou não pode fazê-lo, ou por um estado central que ninguém aceita..

Do mesmo forma, pelo lado político, o aumento da fragilidade e da fragmentação da Europa, vem sendo atribuído pelos analistas, de forma quase consensual, ao fim da guerra fria e à unificação da Alemanha, junto com o aumento descontrolado da UE e da Otan, que passaram da condição de projetos defensivos, para a condição de instrumentos de conquista territorial e expansão da influencia militar e econômica do ocidente, dentro da Europa do Leste, e já agora, também, na Ásia Central e no Norte da África. O alargamento em todas as direções, da UE e da Otan, aumentou suas desigualdades sociais e nacionais e reduziu o grau de homogeneidade, identidade e solidariedade que existia no início do processo de integração, quando ele era tutelado pelos EUA, e tinha um inimigo comum, a URSS..

Agora, quando os analistas da crise europeia se dedicam a traçar cenários futuros, quase todos calculam o tamanho da desgraça em termos estritamente econômicos, em bilhões e trilhões de euros. E pouco se fala dos custos intangíveis do fracasso europeu no campo das ideias, dos valores e dos grandes sonhos e símbolos que movem a humanidade. Um verdadeiro impacto atômico sobre duas pilastras fundamentais do pensamento moderno: a crença na viabilidade contratual de um governo ou governança mundial; e a aposta na possibilidade cosmopolita, de uma federação ou confederação de repúblicas, pacíficas, harmoniosas, e sem fronteiras ou egoísmos nacionais. Duas ideias europeias que foram concebidas num continente extremamente belicoso e competitivo, mas que foi o grande responsável pela criação e universalização do sistema de estados nacionais modernos e do próprio capitalismo. Agora os europeus estão experimentando na pele a impossibilidade real de suas utopias, ao tentarem construir um governo cosmopolita e contratual a partir de estados nacionais extremamente desiguais, do ponto de vista do poder e da riqueza.

O problema grave e insanável é que a falência do "contratualismo" e do "cosmopolitismo, deixa os europeus sem mais nenhum sonho ou utopia coletiva. Em poucas décadas, no final do século XX, eles enterraram o seu socialismo, e agora, no início do século XXI, estão jogando na lata do lixo, o seu "cosmopolitismo liberal". E estão deixando o resto do sistema mundial, sem a bússola do seu criador, porque o sistema seguirá em frente, mas o seu "software" europeu está perdendo energia e está se apagando.

José Luís Fiori é professor titular e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Economia Política Internacional da UFRJ, e autor do livro "O Poder Global", da Editora Boitempo, 2007. Escreve mensalmente às quartas-feiras.


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Deliciosas

 curvas perfeiras...
 ângulo de 360°...
 maravilha de...
 estou carente...me dê uma mão...
 quero rosetá...
estou cansada...quero relaxar...

Clitóris, muito prazer!

 


Se você perguntar para alguns homens sobre se eles sabem o que é um clitóris, a imensa maioria vai dizer que conhece tão bem, que muitos são capazes até de tentar corrigi-la:
Não é clitóris, é clítoris!


Seria bom se a falta de conhecimento ficasse apenas à questões gramaticais, mas, para desgosto das mulheres, a maioria sequer sabe onde fica o dito cujo. E muitos daqueles que conhecem, não sabem o que fazer com ele!

Em primeiro lugar é bom deixarmos bem claro que o clitóris é um micro pênis, e se os caras se preocupassem um pouco mais em conhecer o corpo de suas mulheres, quem sabe dando uma olhadinha na periquita, veriam que ele tem glande, igual um bingulinzinho.


Muito bem, se você ainda não sabe onde fica o clitóris, pergunte a sua garota, que ela vai dizer com a maior boa vontade! Mas, nada de já ir abocanhado feito um esfomeado! Antes você tem que gastar um bom tempo com as maravilhosas preliminares, esquentar o corpinho dela, até que ela esteja bem alegrinha, com o corpo pulsando de eletricidade. Desta maneira você vai fazer com que a garota tenha uma ereção, facilitando muito mais o seu trabalho de fazer um boquete nela! Ah, sim meu chapa, elas também ficam de pau duro!


O clitóris é extremamente sensível. Por isso é fundamental tomar muito cuidado com as unhas e evitar ao máximo resvalar seus dentes nele. Muitas mulheres reclamam que seus parceiros, mesmo com as melhores das intenções, sempre acabam esfriando o clima quando passam os dentes ou os machucam com as unhas. Pior que isso é quando eles resolvem morder!

E não fique muito tempo acariciando com os dedos, repetindo os mesmos movimentos, porque isso pode causar irritação. Sim, repito: eles são sensíveis!!!