terça-feira, 13 de setembro de 2011

Ecologia

Desmatamento aumenta na Amazônia, Kátia Abreu diz que é mentira


Amazônia perde 593km quadrados em março/abril


O desmatamento na Amazônia subiu para 593 quilômetros quadrados em março e abril deste ano, na comparação com os mesmos meses do ano passado, e o Mato Grosso foi o Estado que mais contribuiu para a perda da floresta com 480,3 quilômetros quadrados de área desmatada, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O alerta sobre o avanço do desmatamento ocorre no momento em que o projeto que altera o Código Florestal aguarda para ser votado na Câmara dos Deputados. A votação do texto já foi adiada três vezes por falta de consenso entre governo, o relator, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), e parlamentares.

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O desmatamento da Amazônia, floresta vital para as pretensões brasileiras de protagonismo na área ambiental e nas negociações internacionais sobre as mudanças do clima, registrou grande aceleração em abril na comparação com março, segundo os números do Inpe, indo de 115,6 quilômetros quadrados, para 477,4 quilômetros quadrados de um mês para o outro.

– Esses dados têm um efeito muito ruim para o Brasil no cenário internacional, por conta dos compromissos assumidos pelo país na COP-15 –, disse o responsável pela Campanha de Florestas do Greenpeace, Márcio Astrini.

O ambientalista se referiu à conferência sobre mudanças climáticas na qual o Brasil apresentou um compromisso voluntário de reduzir emissões de gases causadores do efeito estufa, o que inclui reduzir o desmatamento.

Para ele, a possibilidade de aprovação do novo Código Florestal explica a alta no desmatamento. “O crescimento do desmatamento tem toda a relação (com a discussão do projeto que altera o Código Florestal). Por eliminação, é a única razão que explica o aumento do desmatamento”, disse.

Para ele, o relatório de Rebelo anistia proprietários rurais irregulares e incentiva o desmatamento ao suspender embargos a quem desmatou ilegalmente.

A reforma do texto do código pode trazer mudanças nas Áreas de Preservação Permanente (APPs) e na Reserva Legal, partes das propriedades que têm de ser mantidas intactas, sem a destinação para atividades econômicas.

Embora o Inpe desaconselhe comparações com os mesmos meses dos anos anteriores, por conta da diferença na cobertura de nuvens entre os períodos, para se ter uma ideia, entre março e abril do ano passado foi detectado um desmatamento de 103,5 quilômetros quadrados na Amazônia.

Ou seja, o número aferido pelo Inpe em março e abril deste ano, representa um salto de 472,9% na comparação com o ano anterior.

Em Mato Grosso, principal produtor de soja e algodão do país e que abriga o maior rebanho bovino do Brasil, o desmatamento detectado pelo sistema Deter, do Inpe, saltou de 76,4 quilômetros quadrados em março e abril do ano passado, para 477,4 quilômetros no mesmo período deste ano.

Na terça-feira, o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) divulgou um alerta sobre a escalada do desmatamento em Mato Grosso em abril deste ano.

De acordo com a organização não-governamental, que usa um sistema de detecção de desmatamento diferente do usado pelo Inpe, o desmatamento no Estado somou 243 quilômetros quadrados, saltando 537 por cento na comparação com o mesmo mês de 2010.

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Após a divulgação do alerta do Imazon, a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), que também é a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), foi à tribuna do Senado e acusou o Imazon de divulgar dados inverídicos sobre o desmatamento na Amazônia.

A senadora, que está de saída do DEM rumo ao PSD, lançado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, afirmou que com a divulgação de dados não-verdadeiros, o Imazon causaria “terrorismo à população brasileira”, segundo a Agência Senado.

Correio do Brasil

Lésbicas - Denúncia

Lésbicas sofrem discriminação médica e fazem graves denúncias

Segundo a denúncia, os médicos deixaram de solicitar, durante consultas ginecológicas, o exame que pode ajudar a prevenir o câncer de colo de útero porque elas não mantêm relações sexuais com homens.

Mulheres lésbicas são duplamente oprimidas e exploradas

A ONG Grupo Arco-Íris informou que constatou o problema na rede de saúde pública e privada da capital fluminense. Na pesquisa qualitativa Atendimento Ginecológico Diante de Práticas Lésbicas e Bissexuais, todas as 20 mulheres entrevistadas em 2010 relataram que depois de revelada sua orientação sexual, os médicos não pediram o exame.

-Os profissionais não reconhecem vida sexual entre duas mulheres, afirmou a coordenadora da pesquisa e uma das diretora da ONG, Marcelle Esteves. “É assustador porque só se pode fazer a prevenção do vírus de HPV – sexualmente transmissível – a partir do exame “, destacou a diretora, lembrando que mesmo sem se relacionar com homens, as lésbicas fazem sexo.

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O levantamento constatou também que entre as lésbicas, as que têm identidade mais masculinizada são menos submetidas ao preventivo que as demais. “Eles [os médicos] não pedem [o exame] e não sabem nos aconselhar sobre o risco de transmissão de doenças sexualmente transmissíveis, como o HPV. É sempre a mesma coisa”, reclamou a estudante Fabiana Ormonde.

Diante do problema, o Fórum de Mulheres Lésbicas e Bissexuais do Estado do Rio quer que o foco das campanhas sobre DST e aids não seja apenas os travestis e homossexuais. Para as ativistas, é preciso divulgar mais informação sobre a transmissão de DST entre mulheres que fazem sexo com mulheres e aprofundar projetos de sensibilização com as secretarias de Saúde.

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O fórum também defende a distribuição de preservativos específicos para sexo entre mulheres, mas que ainda não são produzidos em escala no Brasil. “Em uma fábrica de São José de Campos (SP) desenvolvemos com dinheiro de uma fundação internacional um protótipo com base em modelos dos Estados Unidos e da Malásia. Vem sendo aprovado”, disse Marcelle.


Com a capacitação de servidores em clínicas de Saúde da Família, a Coordenadoria da Diversidade Sexual da capital fluminense disse que precisa primeiro assegurar o atendimento à população de gays, lésbicas e travestis (LGBT) nos postos de saúde. “Nesse primeiro momento, não pensamos nisso por uma questão de atribuições”, disse o  coordenador do programa, Sérgio Camargo.

A Secretaria Municipal de Saúde reafirma que não existe motivo para os médicos não pedirem o preventivo às lésbicas. Gisele Israel, da Gerência do Programa de Aids, atribui o problema ao preconceito e ao desconhecimento. “Como os profissionais não passam por uma proposta de qualificação com um olhar para o diferente, os serviços se constituem sem um olhar apurado”.

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O superintendente de Vigilância Ambiental e Epidemiológica da Secretaria estadual de Saúde, Alexandre Chieppe, confirma que mesmo com capacitação não é fácil mudar a rotina do atendimento. “Capacitamos os gestores municipais, a questão das lésbicas está inserida nos programas de saúde da mulher,  mas precisamos romper paradigmas”.

Segundo os gestores ouvidos pela Agência Brasil, a produção de preservativos para o sexo entre mulheres ainda é inviável porque o produto não tem as certificações necessárias

Banho refrescante




...nesta água escura...

Lindo ensaio de nú feminino






...na sombra...