sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Bom fim de semana a todas e todos






 

"Canta Canta, minha gente.
Deixa a tristeza pra lá.
Canta forte, canta alto,
Que a vida vai melhorar."

Martinho da Vila

 

Redação Conversa Afiada

A morte no PiG (*). Sócrates e Marighella

    Publicado em 06/12/2011
  

Vivo, era morto


O ansioso blogueiro se emocionou às lágrimas com a página que a Folha (**) dedicou ao Marighella: “Governo aprova anistia para (sic) Marighella”.


“Guerrilheiro é homenageado no dia em que faria 100 anos; líder da ALN, ele foi morto por agentes do Dops em 1969”.


“Estado perseguiu o ex(sic)-deputado desde a Era Vargas, afirma relatório; para general, ato ‘glorifica terrorista’ ”.


Trata-se do 1º. vice-presidente do Clube Militar, general reformado Clovis Bandeira: “É mais um ato de glorificação dos terroristas e um desaforo com quem lutou contra tudo isso”, diz a Folha.


Poderia ter acrescentado: opinião de que, provavelmente, compartilharia Otavio Frias, fundador deste jornal, que cedia as camionetes para os torturadores.


Emocionante também foi a despedida de Sócrates nos telejornais da Globo.


O ansioso blogueiro chorou ao assistir à gravação do Fantástico.


O amigo navegante certamente se lembra dos tempos em que – ainda vivo – Sócrates era um pária na Globo.


Sócrates sugeriu, na Carta Capital (leia o artigo que Mino Carta escreveu sobre ele), um boicote nacional às transmissões de futebol na Globo.


Sócrates, idealizador da “democracia corinthiana”, queria uma democracia na CBF para expulsar o amigão da Globo e do Galvão, o Mr. Teixeira.


Morto, Marighella merece uma página inteira no jornal dos filhos do “seu” Frias.


Vivo, Sócrates era um morto.


Morto, ficou vivo.


Essa Globo …


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

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